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BCP vive sexta sessão de quedas
Já perto do final da sessão, o banco inverteu a tendência positiva e fechou a perder 1,1%. Completa assim o sexto dia em queda, numa sessão em que chegou a ganhar mais de 8%.
Tudo apontava para a primeira sessão em alta após cinco dias em queda. No entanto, perto do final da sessão as acções do Banco Comercial Português inverteram a tendência positiva e fecharam a desvalorizar 1,1% para 0,0191 euros (1,91 cêntimos). Isto numa sessão em que os títulos chegaram a valorizar 8,22% para negociarem 2,09 cêntimos.
Recorde-se que esta terça-feira, o banco atingiu um novo mínimo histórico abaixo dos 2 cêntimos por acção. Com a nova queda na sessão desta quarta-feira, as acções acumulam uma queda de 60,1% desde o início do ano, sendo que o valor de mercado está agora em 1.151 milhões de euros.
A agência refere que o "upgrade" é o reflexo da "melhoria do desempenho financeiro do banco face aos anteriores níveis bastante fracos, nomeadamente em termos de rentabilidade e de capital". "A Moody’s vê que o banco continua a apresentar uma modesta capacidade de absorção de riscos, mas a probabilidade de precisar de ajuda externa para se recapitalizar diminuiu devido ao perfil de crédito – ainda débil mas a melhorar", remata.
Esta nota da agência de "rating" é "positiva para o BCP, pois representa uma mensagem de suporte da Moody’s que surge depois de uma semana de fraca prestação da acção nos mercados e aumento de preocupação dos investidores com a posição de capital do banco", refere a Haitong.
Apesar das perspectivas de melhorias nos resultados financeiros, o banco deverá a ser o mais penalizado na bolsa portuguesa enquanto se mantiver o clima de incerteza no exterior. As bolsas europeias têm estado sob forte pressão nos últimos dias, à medida que se aproxima a data do referendo no Reino Unido, que poderá levar à saída do país da União Europeia.
E, enquanto se mantiverem os receios de um Brexit e a incerteza em torno dos juros nos Estados Unidos, "sectores directamente expostos às políticas monetárias dos bancos centrais poderão sofrer de volatilidade acrescida", alerta Marisa Cabrita, gestora de activos da Orey Financial.