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BCP vive a pior sessão dos últimos três meses

O banco liderado por Nuno Amado viveu esta terça-feira a pior sessão em bolsa desde 29 de Junho passado, altura em que o governo de Alexis Tsipras decretou o encerramentos dos bancos e o controlo de capitais. O BCP acumula, assim, uma queda de 36,67% desde o início do ano e negoceia em mínimos de quase três anos.

Bruno Simão/Negócios
29 de Setembro de 2015 às 17:30
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O Banco Comercial Português registou esta terça-feira, 29 de Setembro, a pior sessão em bolsa desde 29 de Junho. Há, precisamente, três meses, o banco fechou fechou a perder 11,15% na sequência do encerramento dos bancos gregos e do controlo de capitais. Na altura, as acções valiam 7,52 cêntimos. Hoje atingiram os 4,16 cêntimos, o valor mais baixo desde Dezembro de 2012, após uma queda de 7,56% que elevou para 36,67% a desvalorização que o banco regista desde o início do ano.

Vários factores explicam esta queda. Entre eles, a Polónia e a venda do Novo Banco. Neste caso, qualquer diferença entre os 4,9 mil milhões de euros e o valor de alienação da instituição terá de ser suportada pela banca. O BCP é o banco que tem uma maior quota do Fundo de Resolução, pelo que é o que mais tem sofrido com a perspectiva de prejuízos na venda porque será o que mais tem de pagar. Além disso, também há indicações de que o Novo Banco terá de ser alvo de um aumento de capital na sequência dos exercícios que estão a ser realizados pelo Banco Central Europeu – as dúvidas sobre como tal será feito penalizam o BCP. Aliás, os bancos estão todos a ser alvos de uma análise de Frankfurt que vai ditar o excesso de capital que cada banco vai ter de dispor (designado de SREP), o que adiciona também indefinições. 

 

A situação na Polónia, onde o BCP detém a maioria do capital do Millennium Bank, tem também provocado muitas incertezas, dado que ainda não se conhecem os encargos que caberão aos bancos na conversão para a moeda polaca (zlotys) dos créditos à habitação concedidos em francos suíços. Há dúvidas sobre a versão final do diploma que vai ditar os custos finais para a banca até porque há eleições no final de Outubro.

 

Entretanto, o BCP já negou que tenha de realizar um aumento de capital, como adiantou o Société Générale no início de Setembro. Uma garantia que não tem impedido o desempenho maioritariamente negativo do banco, dado que o banco ainda tem 750 milhões de euros em instrumentos contingentes (CoCo's) para reembolsar ao Estado. 

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