Notícia
Bazuca pandémica do BCE comprou 34,7 mil milhões em dívida portuguesa
Após dois anos do coronavírus e 1,7 biliões de euros gastos, o Programa de Compras de Emergência Pandémica (PEPP) terminou no mês passado.
A bazuca do Banco Central Europeu (BCE) para travar o impacto da pandemia na zona euro ficou com 34.742 milhões de euros em dívida pública portuguesa. Após dois anos do coronavírus e 1,7 biliões de euros gastos na compra de ativos públicos e privados, o Programa de Compras de Emergência Pandémica (PEPP) fechou ao fim em março.
No final de março, o BCE detinha 1.695.357.000.000 euros em ativos comprados no âmbito do PEPP no seu balanço, de acordo com dados finais divulgados esta quarta-feira. O envelope total era de 1,85 biliões, mas a autoridade monetária liderada por Christine Lagarde não era obrigada a usar o total. A diferença poderá também ser explicada pelo facto de retirar já quaisquer investimentos que tenham atingidos as maturidades.
No caso de Portugal, o BCE comprou 34.742 milhões de euros, dos quais 885 milhões só nos últimos dois meses de programa. A Alemanha foi o país que mais beneficiou do programa (408.941 milhões de euros em dívida), seguido de França (302.287 milhões) e Itália (281.026 milhões). Entre os restantes países do euro, mais nenhum ultrapassou a barreira dos 100 milhões de euros.
O PEPP foi lançado em 2020 e esteve em vigor ao longo de dois anos para reduzir os receios de que os países europeus não tivessem condições financeiras para financiarem o combate à pandemia (e aos consequentes efeitos económicos). Com o recuo na situação pandémica, a normalização da política monetária estava planeada para o arranque do ano. No entanto, a invasão russa à Ucrânia aumentou a incerteza sobre o curso a seguir.
Na última reunião do Conselho do BCE, a 10 de março, a instituição liderada por Christine Lagarde reiterou a redução progressiva dos estímulos monetários. Apesar da guerra, e com a inflação já em máximos, o conselho do BCE confirmou o fim do PEPP e definiu compras líquidas cada vez mais pequenas no programa regular, já a partir do segundo trimestre.
As compras líquidas mensais ao abrigo do programa de compra de ativos (APP, na sigla inglesa) passaram, este mês, para 40 mil milhões de euros, sendo prevista uma redução para 30 mil milhões de euros em maio e outra para 20 mil milhões de euros em junho. Estas orientações redefinem o calendário face às expectativas anteriores à invasão.
No final de março, o BCE detinha 1.695.357.000.000 euros em ativos comprados no âmbito do PEPP no seu balanço, de acordo com dados finais divulgados esta quarta-feira. O envelope total era de 1,85 biliões, mas a autoridade monetária liderada por Christine Lagarde não era obrigada a usar o total. A diferença poderá também ser explicada pelo facto de retirar já quaisquer investimentos que tenham atingidos as maturidades.
O PEPP foi lançado em 2020 e esteve em vigor ao longo de dois anos para reduzir os receios de que os países europeus não tivessem condições financeiras para financiarem o combate à pandemia (e aos consequentes efeitos económicos). Com o recuo na situação pandémica, a normalização da política monetária estava planeada para o arranque do ano. No entanto, a invasão russa à Ucrânia aumentou a incerteza sobre o curso a seguir.
Na última reunião do Conselho do BCE, a 10 de março, a instituição liderada por Christine Lagarde reiterou a redução progressiva dos estímulos monetários. Apesar da guerra, e com a inflação já em máximos, o conselho do BCE confirmou o fim do PEPP e definiu compras líquidas cada vez mais pequenas no programa regular, já a partir do segundo trimestre.
As compras líquidas mensais ao abrigo do programa de compra de ativos (APP, na sigla inglesa) passaram, este mês, para 40 mil milhões de euros, sendo prevista uma redução para 30 mil milhões de euros em maio e outra para 20 mil milhões de euros em junho. Estas orientações redefinem o calendário face às expectativas anteriores à invasão.