Os 12 maiores bancos de investimento mundiais registaram as piores receitas semestrais na área das commodities dos últimos 11 anos. O Financial Times escreve, na edição de hoje, que a receita de negociação dos contratos de matérias primas caiu 41% nos primeiros seis meses de 2017 face ao mesmo período do ano passado.

De acordo com o jornal, a receita destes gigantes da banca na área das matérias-primas foi de 1,2 mil milhões de dólares, cerca de um quarto da receita arrecadada, por exemplo, no mesmo período de 2011, segundo os dados da Industry Coalition.

A Goldman Sachs já tinha assumido este falhanço depois do pior primeiro trimestre de sempre, mas os erros na avaliação não foram exclusivos da Goldman Sachs, mas transversais a grande parte do mercado, já que o preço das commodities tem caído a pique.

Os mesmos dados mostram que os bancos de investimento em geral resistiram ao primeiro semestre de 2017, com as receitas totais a registarem uma subida de 4%, para 82 mil milhões de dólares, impulsionadas com os fortes resultados do crédito e das titularizações de dívida a compensarem a fraqueza das commodities e do câmbio.

Alguns dos 12 grandes bancos estão, entretanto, a fazer cortes nas divisões de commodities - onde enfrentam mais regulação e preços baixos em activos-chave como o petróleo e renováveis - como consequência das perdas, mas a maioria aguarda os resultados da segunda metade do ano para avançar com mudanças mais radicais.

De acordo com o FT a grande questão para os investidores, particularmente no caso da Goldman Sachs, é se as receitas das matérias- primas já atingiram os mínimos.

Para já a Goldman não desiste. Segundo a Bloomberg, vai abrir um processo de recrutamento de "traders" estrela e vai colocar pesos-pesados do banco no terreno para captar novos clientes para esta divisão.

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