Notícia
Nomeados 40 novos dirigentes em “rotação normal dos cargos públicos”, diz ministra
Ministra conclui que houve 40 novas nomeações nas áreas do Trabalho e da Segurança Social. Mas acrescenta que só em sete casos é que as comissões de serviço dos anteriores dirigentes foram interrompidas por iniciativa formal do Governo.
O Governo já nomeou 40 novos dirigentes para as áreas do trabalho e da Segurança Social, segundo contas da ministra da tutela, que sustenta que só interrompeu comissões de serviço em sete casos.
No Parlamento, onde está a ser ouvida, a ministra do Trabalho e da Segurança Social referiu que foram 40 as "movimentações nos quadros dirigentes da Segurança Social e Trabalho".
"Simplesmente, nomeações feitas por cessação das comissões de serviço por iniciativa da tutela foram apenas sete", acrescentou a ministra, sublinhando que em muitos casos se trata da "rotação normal dos cargos dirigentes públicos".
O caso da provedora da Santa Casa, Ana Jorge, foi um dos primeiros e dos mais mediáticos. Depois, as novas nomeações, que o primeiro-ministro avisou desde o início que iam continuar devem-se por vezes a demissões dos próprios dirigentes em cargos de responsabilidade.
A antiga presidente do Instituto da Segurança Social, Ana Vasques, por exemplo, demitiu-se alegando que a atuação do Governo gerou o que interpreta como uma situação de quebra de confiança "insanável". Também a vice-presidente, Catarina Marcelino, se demitiu, contestando uma redistribuição de pelouros.
Para o lugar foi nomeado o antigo secretário de Estado do Emprego e ex-presidente do IEFP Octávio Félix de Oliveira, primeiro em regime de substituição e depois já com uma comissão de serviço de cinco anos, uma vez que a Cresap não encontrou no concurso três candidatos com mérito. Há também novos vogais no Instituto, como Telmo Correia, ex-deputado e ex-autarca do PSD.
Nos centros distritais, tal como o Negócios já noticiou, em agosto já cerca de um terço dos dirigentes tinha sido substituído, em muitos casos após o fim da comissão de serviço dos anteriores.
O arranque do primeiro governo de António Costa também ficou marcado por uma série de nomeações e substituições em particular no Instituto da Segurança Social (ISS) e no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).