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PS acusa Governo de querer substituir Ana Jorge por dirigentes "politicamente alinhados"
Partido Socialista encontra “padrões” de atuação do Executivo e não apenas na Santa Casa. O deputado Tiago Barbosa Ribeiro aponta o caso da direção executiva do SNS e antevê o mesmo para o Instituto de Segurança Social.
O PS acusa o Governo de invocar "falsos argumentos" para exonerar a provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa para substituir por "um conjunto de dirigentes nas diferentes instituições do Estado, procurando domesticá-las e procurando colocar pessoas politicamente alinhadas com o Governo."
O deputado socialista Tiago Barbosa Ribeiro fala de uma situação "inusitada" e "profundamente radical". Primeiro, refere, porque Ana Jorge estava à frente da Santa Casa há apenas um ano e depois porque, "de um momento para o outro, o Governo encontra um conjunto de falsos argumentos para demitir toda a direção da Santa Casa da Misericórdia".
Tiago Barbosa Ribeiro acredita que este é apenas um caso de substituição por dirigentes "alinhados" com o PSD e o CDS. "Nós estamos a assistir, não apenas nesta instituição. Assistimos agora um conjunto de argumentos, relativamente ao Instituto de Segurança Social (ISS), que são completamente estapafúrdios e que só podem ter profundamente procurar encontrar mais um foco de instabilidade para criar um argumento para demitir mais um dirigente." Neste caso, o deputado do PS referia-se à taxa de retenção na fonte das pensões pagas em janeiro e que tiveram de ser agora corrigidas.
O Parlamentar apontou depois a demissão do diretor do SNS, Fernando Araújo. "Tivemos isto na Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, vamos ver onde mais?, questionou. "Estão a ser encontrados um conjunto de pretextos por parte do Governo para criar instabilidade nas organizações, nas instituições, que têm como único foco substituir os dirigentes e isso é absolutamente intolerável", acrescentou.
A direção da Santa Casa foi exonerada esta terça-feira, 30 de abril, com o Governo a alegar falhas graves na gestão da instituição.
O PS anunciou que vai requerer a audição parlamentar urgente de Ana Jorge e da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social para explicar a decisão do Governo