Notícia
Banco de Inglaterra sobe taxa de juro para 0,5%. Inflação poderá rondar os 7% na primavera
O Banco de Inglaterra (BOE) decidiu subir a taxa de juro para 0,5%, um desfecho revelado esta quinta-feira após a reunião do Comité de Política Monetária do BOE.
O Banco de Inglaterra decidiu subir as taxas de juro de referência de 0,25% para 0,5%, confirmando aquilo que era antecipado pelos mercados. A decisão foi apoiada por cinco dos nove membros do Comité de Política Monetária britânico, Andrew Bailey, Ben Broadbent, Jon Cunliffe, Huw Pill e Silvana Tenreyro. Os restantes quatro defenderam uma subida mais agressiva, de 50 pontos base, para 0,75%.
A decisão do banco central inglês acontece num momento em que a escalada da inflação está no centro das atenções. Em 2021, a inflação no Reino Unido atingiu os 5,4%, o maior valor visto nos últimos 30 anos, com um significativo contributo dos preços da energia.
Assim, o banco central liderado por Andrew Bailey explica que a decisão de subida da taxa de referência para 0,5% tem como objetivo fazer regressar a inflação ao objetivo de 2%. E a subida da taxa de referência poderá não ficar por aqui. Em comunicado, o BOE indica que "poderá precisar de subir as taxas de juros" no futuro. "O nosso trabalho é garantir que a inflação regressa ao nosso objetivo de uma forma sustentável", é referido.
Nas mesmas notas sobre esta reunião, o Banco de Inglaterra diz que "espera que a inflação suba até cerca de 7% na primavera". Já este mês, esta entidade antecipa que a inflação possa atingir "os 6% em fevereiro e março, antes de atingir o pico de cerca de 7,25% em abril".
Esta entidade indica ainda que espera que a inflação caia a partir do meio do ano. Com a subida dos preços da energia a ter consequências na inflação, o BOE indica "que não espera que os preços da energia continuem a subir de forma tão rápida e que as falhas que estão atualmente a dificultar as empresas de fazer os seus produtos deverão aliviar".
O Banco de Inglaterra antecipa que a inflação deverá ficar próxima do objetivo de 2% "em cerca de dois anos".
Esta subida da taxa de juro de referência acontece poucos meses depois de, em dezembro, o Banco de Inglaterra ter optado por uma subida da taxa para os atuais 0,25%.
PIB britânico deverá recuperar em fevereiro e março
O Banco de Inglaterra partilhou ainda estimativas sobre a atividade económica no país, nomeadamente sobre o crescimento do PIB. O BOE nota que a variante ómicron pesou na atividade em dezembro e janeiro, mas "que o impacto económico será provavelmente limitado e de curta duração", antecipando que o PIB recupere em "fevereiro e março para que os resultados regressem aos níveis pré-pandemia até ao final do primeiro trimestre".
O banco central antecipa que, no que diz respeito ao desemprego, a taxa possa cair para 3,8% no primeiro trimestre de 2022. Em novembro, a cifra fixou-se nos 4,1%.
Este é o cenário a curto prazo, já que as expectativas de crescimento para a economia britânica são menos favoráveis noutros horizontes temporais. "Além do curto prazo, é esperado que o crescimento do PIB do Reino Unido seja feito de forma modesta. A principal razão está ligada ao impacto do maior custo da energia global e dos preços no Reino Unido no rendimento real e nos gastos", é explicado. "Como resultado, a taxa de desemprego deverá subir para 5%".
(notícia atualizada às 12:42)
A decisão do banco central inglês acontece num momento em que a escalada da inflação está no centro das atenções. Em 2021, a inflação no Reino Unido atingiu os 5,4%, o maior valor visto nos últimos 30 anos, com um significativo contributo dos preços da energia.
Nas mesmas notas sobre esta reunião, o Banco de Inglaterra diz que "espera que a inflação suba até cerca de 7% na primavera". Já este mês, esta entidade antecipa que a inflação possa atingir "os 6% em fevereiro e março, antes de atingir o pico de cerca de 7,25% em abril".
Esta entidade indica ainda que espera que a inflação caia a partir do meio do ano. Com a subida dos preços da energia a ter consequências na inflação, o BOE indica "que não espera que os preços da energia continuem a subir de forma tão rápida e que as falhas que estão atualmente a dificultar as empresas de fazer os seus produtos deverão aliviar".
O Banco de Inglaterra antecipa que a inflação deverá ficar próxima do objetivo de 2% "em cerca de dois anos".
Esta subida da taxa de juro de referência acontece poucos meses depois de, em dezembro, o Banco de Inglaterra ter optado por uma subida da taxa para os atuais 0,25%.
PIB britânico deverá recuperar em fevereiro e março
O Banco de Inglaterra partilhou ainda estimativas sobre a atividade económica no país, nomeadamente sobre o crescimento do PIB. O BOE nota que a variante ómicron pesou na atividade em dezembro e janeiro, mas "que o impacto económico será provavelmente limitado e de curta duração", antecipando que o PIB recupere em "fevereiro e março para que os resultados regressem aos níveis pré-pandemia até ao final do primeiro trimestre".
O banco central antecipa que, no que diz respeito ao desemprego, a taxa possa cair para 3,8% no primeiro trimestre de 2022. Em novembro, a cifra fixou-se nos 4,1%.
Este é o cenário a curto prazo, já que as expectativas de crescimento para a economia britânica são menos favoráveis noutros horizontes temporais. "Além do curto prazo, é esperado que o crescimento do PIB do Reino Unido seja feito de forma modesta. A principal razão está ligada ao impacto do maior custo da energia global e dos preços no Reino Unido no rendimento real e nos gastos", é explicado. "Como resultado, a taxa de desemprego deverá subir para 5%".
(notícia atualizada às 12:42)