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Inflação no Reino Unido dispara em dezembro para o valor mais alto dos últimos 30 anos

Índice de preços ao consumidor no Reino Unido registou uma subida homóloga de 5,4% em dezembro, que apanhou de surpresa os economistas. Banco de Inglaterra avalia um novo aumento dos juros, já no próximo mês, para conter a inflação.

EPA
Joana Almeida JoanaAlmeida@negocios.pt 19 de Janeiro de 2022 às 10:01
A inflação no Reino Unido atingiu em dezembro o valor mais alto dos últimos 30 anos, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo gabinete de estatística britânico. O índice de preços ao consumidor registou uma subida homóloga de 5,4%, aumentando a pressão para que o Banco de Inglaterra aperte a política monetária.

A subida da taxa de inflação no Reino Unido apanhou de surpresa os economistas, que antecipavam uma subida de 5,2%. No entanto, os constrangimentos nas cadeias de fornecimento e a subida acentuada dos preços da energia conduziram a um disparo nos preços ao consumidor para o valor mais elevado desde março de 1992.

A subida generalizada dos preços foi sobretudo notória nos bens alimentares, com os preços a registarem uma subida homóloga de 4,5% em dezembro. Os combustíveis continuaram também a subir, mas os dados divulgados pelo gabinete de estatísticas britânico mostram um recuo para 22,7%, face a 23,2% no mês anterior.

Em comparação com o mês de novembro, a taxa de inflação aumentou 0,2 pontos percentuais. Já o índice de inflação subjacente, que exclui as categorias voláteis da alimentação e energia, aumentou 4,2% em dezembro face há um ano e ficou acima da subida de 4% de novembro.

Os economistas antecipam que a taxa de inflação venha a aumentar ainda mais nos próximos meses, sobretudo a partir de abril, altura em que os preços da água, gas e luz deverão aumentar acentuadamente com a revisão dos limites de preços da energia por parte do regulador britânico.

Com a taxa de inflação bastante cima da meta do Banco de Inglaterra (2%), a instituição está a avaliar um novo aumento dos juros já no próximo mês, depois de ter aumentado as taxas de juro de referência para 0,25% em dezembro. Uma nova subida nos juros traduzir-se-á num novo aumento dos custos de empréstimos, numa altura em que o poder de compra das famílias está a diminuir.
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