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Aposta em certificados do tesouro abranda
O ritmo de subscrições dos certificados do tesouro abrandou para o valor mais baixo em cinco meses.
O investimento em certificados do tesouro abrandou em Setembro. Os portugueses aplicaram 134 milhões de euros nestes produtos de poupança, naquele que foi o mês mais fraco desde Abril, segundo os dados divulgados esta manhã no Boletim Estatístico do Banco de Portugal.
O valor do "stocks" dos certificados do tesouro aumentou, em Setembro, para 16.271 milhões de euros, mais 134 milhões que os 16.137 que estavam investidos nestes produtos no final de Agosto. O volume de entradas é o mais baixo dos últimos cinco meses, sendo que desde Abril que o montante de subscrições superava os 150 milhões de euros.
Apesar das subscrições terem abrandado no último mês, entre Janeiro e Setembro, os portugueses aplicaram 1.238 milhões de euros em Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC), um valor que está bem acima dos 750 milhões que o governo previa arrecadar com a emissão destes títulos.
A partir deste mês, o investimento em certificados do tesouro deverá, porém, ser afectado pelo reembolso dos primeiros produtos lançados. "A partir de Outubro de 2018, os primeiros CTPM começarão atingir a sua maturidade original, estimando-se amortizações de 610 milhões a vencer em 2018 e 2,9 mil milhões de euros em 2019, a que acrescem também amortizações da série C de CA (cerca de 80 milhões em cada ano)", explica o Orçamento do Estado para 2019 publicado na semana passada.
Os certificados de aforro voltaram a sofrer resgates. O "stock" aplicado nestes produtos de aforro baixou sete milhões de euros, para 11.861 milhões de euros, segundo os dados do Banco de Portugal.