Notícia
Alibaba aumenta plano de recompra de ações para quase 23 mil milhões de euros
O preço das ações relativamente barato atraiu investidores conhecidos, como o vice-presidente da Berkshire Hathaway, Charlie Munger, mas a empresa ainda não eliminou o ceticismo de muitos analistas de Wall Street.
22 de Março de 2022 às 09:02
O grupo chinês Alibaba anunciou estar terça-feira um aumento do plano de recompra de ações para 25 mil milhões de dólares (quase 23 mil milhões de euros), visando estimular a confiança dos investidores, após ter sido alvo de escrutínio regulatório.
A empresa de comércio eletrónico, fundada pelo magnata Jack Ma, perdeu cerca de 65% da capitalização de mercado, desde que as autoridades chinesas cancelaram a oferta pública inicial do Ant Group, a tecnológica financeira do grupo, em novembro de 2020, desencadeando meses de escrutínio regulatório.
O Alibaba disse, em comunicado, que vai aumentar a recompra de ações de 15 mil milhões de dólares para 25 mil milhões nos próximos dois anos.
A empresa já recomprou 9,2 mil milhões de dólares (8,3 mil milhões de euros) em ações como parte do programa.
As ações do Alibaba na Bolsa de Valores de Hong Kong subiram quase 5% no início da tarde, após o grupo ter anunciado o plano.
As ações subiram mais de 40%, desde a semana passada, depois de o vice-primeiro-ministro chinês Liu He ter feito uma rara intervenção, na tentativa de tranquilizar os investidores, garantido que Pequim em breve terminará a sua campanha de "retificação" das grandes plataformas de tecnologia do país.
O Conselho de Estado da China reiterou na segunda-feira as promessas de Pequim de impulsionar o crescimento e proteger os mercados financeiros de decisões políticas.
Os crescentes riscos geopolíticos relacionados à invasão da Ucrânia pela Rússia e o escrutínio dos reguladores norte-americanos sobre a auditoria das empresas chinesas cotadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque agravaram a volatilidade no mercado, nas últimas semanas.
Daniel Zhang, presidente -- executivo do grupo, disse repetidamente que as ações do Alibaba estão subvalorizadas e que a empresa continuará a recomprar ações.
Os registos públicos também indicam que Ma e Joe Tsai, vice-presidente executivo, desaceleraram as vendas de ações.
Tsai não vendeu nenhuma ação no segundo semestre de 2021 e Ma vendeu apenas cerca de 10 milhões de ações durante o ano, aproximadamente metade do valor em anos anteriores.
O preço das ações relativamente barato atraiu investidores conhecidos, como o vice-presidente da Berkshire Hathaway, Charlie Munger, mas a empresa ainda não eliminou o ceticismo de muitos analistas de Wall Street.
O Alibaba reportou o crescimento de vendas trimestral mais lento no quarto trimestre de 2021, desde que começou a negociar em bolsa em 2014, com um aumento das receitas de 10%, em termos homólogos -- a primeira vez que o crescimento caiu abaixo de 20%.
O principal negócio da empresa enfrenta crescente concorrência de grupos de comércio eletrónico como Pinduoduo e JD.com, e plataformas mais recentes, incluindo a Douyin -- o nome do Tiktok na China -, que permite que celebridades da Internet vendam produtos por meio de transmissão de vídeo.
O Alibaba recebeu uma multa recorde de 2,8 mil milhões de dólares (2,5 mil milhões de euros) por abusar da sua posição de mercado, no ano passado. A Ant Group continua também sob escrutínio regulatório.
A empresa de comércio eletrónico, fundada pelo magnata Jack Ma, perdeu cerca de 65% da capitalização de mercado, desde que as autoridades chinesas cancelaram a oferta pública inicial do Ant Group, a tecnológica financeira do grupo, em novembro de 2020, desencadeando meses de escrutínio regulatório.
A empresa já recomprou 9,2 mil milhões de dólares (8,3 mil milhões de euros) em ações como parte do programa.
As ações do Alibaba na Bolsa de Valores de Hong Kong subiram quase 5% no início da tarde, após o grupo ter anunciado o plano.
As ações subiram mais de 40%, desde a semana passada, depois de o vice-primeiro-ministro chinês Liu He ter feito uma rara intervenção, na tentativa de tranquilizar os investidores, garantido que Pequim em breve terminará a sua campanha de "retificação" das grandes plataformas de tecnologia do país.
O Conselho de Estado da China reiterou na segunda-feira as promessas de Pequim de impulsionar o crescimento e proteger os mercados financeiros de decisões políticas.
Os crescentes riscos geopolíticos relacionados à invasão da Ucrânia pela Rússia e o escrutínio dos reguladores norte-americanos sobre a auditoria das empresas chinesas cotadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque agravaram a volatilidade no mercado, nas últimas semanas.
Daniel Zhang, presidente -- executivo do grupo, disse repetidamente que as ações do Alibaba estão subvalorizadas e que a empresa continuará a recomprar ações.
Os registos públicos também indicam que Ma e Joe Tsai, vice-presidente executivo, desaceleraram as vendas de ações.
Tsai não vendeu nenhuma ação no segundo semestre de 2021 e Ma vendeu apenas cerca de 10 milhões de ações durante o ano, aproximadamente metade do valor em anos anteriores.
O preço das ações relativamente barato atraiu investidores conhecidos, como o vice-presidente da Berkshire Hathaway, Charlie Munger, mas a empresa ainda não eliminou o ceticismo de muitos analistas de Wall Street.
O Alibaba reportou o crescimento de vendas trimestral mais lento no quarto trimestre de 2021, desde que começou a negociar em bolsa em 2014, com um aumento das receitas de 10%, em termos homólogos -- a primeira vez que o crescimento caiu abaixo de 20%.
O principal negócio da empresa enfrenta crescente concorrência de grupos de comércio eletrónico como Pinduoduo e JD.com, e plataformas mais recentes, incluindo a Douyin -- o nome do Tiktok na China -, que permite que celebridades da Internet vendam produtos por meio de transmissão de vídeo.
O Alibaba recebeu uma multa recorde de 2,8 mil milhões de dólares (2,5 mil milhões de euros) por abusar da sua posição de mercado, no ano passado. A Ant Group continua também sob escrutínio regulatório.