Notícia
Ações: Robôs superam humanos em recomendações acertadas, diz estudo
Eles vencem-nos no xadrez e cultura geral, substituem milhares de empregos e estão prestes a percorrer ruas e estradas livremente como motoristas e entregadores.
Agora, surgem novos sinais da supremacia dos robôs, mas em Wall Street, na forma de analistas de ações que fazem escolhas de investimento mais rentáveis do que os humanos. Pelo menos esse é o resultado de um dos primeiros estudos sobre o tema, cujos resultados preliminares foram divulgados em janeiro.
Recomendações de compra de analistas-robô que supostamente replicam o que os departamentos tradicionais de research fazem, mas de forma mais rápida e a custos mais baixos, superam os seus pares de carne e osso a longo prazo, de acordo com professores da Universidade do Indiana.
"Usar esse tipo de tecnologia para fazer recomendações de investimento ou para conduzir análises de investimento vai tornar-se cada vez mais importante", afirmou Kenneth Merkley, professor associado de contabilidade e um dos autores do estudo.
Se a recomendação correta para uma ação é uma missão fundamental de analistas humanos é discutível. Os departamentos de research de Wall Street cumprem uma variedade de funções, entre elas ligar investidores com executivos de empresas, fazera recolha de resultados e outros dados das empresas. Embora as recomendações de compra, venda e manutenção ainda chamem a atenção e possam mexer com as ações, o número de clientes que tomam decisões de investimento a partir delas é provavelmente limitado.
O estudo analisou um ramo pequeno e ainda amplamente experimental das fintechs, empresas fundadas na premissa de que a tecnologia digital faz um melhor trabalho do que os humanos nas recomendações de ações. Embora todos analistas usem computadores, algumas start-ups verificam se os programas podem lidar com todos os aspetos do processo de escolha da ação.
O estudo da Universidade do Indiana analisou mais de 76 mil relatórios divulgados por sete empresas de analistas-robô entre 2003 e 2018. Entre as conclusões do estudo estão que os serviços automatizados têm maior probabilidade de produzir recomendações de venda (em oposição às de manutenção e compra) do que as casas de investimento tradicionais. Também verificam os relatórios com mais frequência e podem ser melhores na análise de comunicações grandes e complexas, incluindo registos enviados à Comissão de Valores Mobiliários.