É só na quarta-feira que devem ser anunciadas as chamadas tarifas recíprocas dos EUA, mas desde o início da semana que os mercados já sentem o peso da nuvem do dia 2 de abril - que Donald Trump apelidou de "Dia da Libertação". Na véspera desta onda de taxas aduaneiras, que o Presidente norte-americano disse aplicarem-se a "todos os países", espera-se uma reação negativa nas bolsas, tanto na Europa como nos EUA.

Esta terça-feira é conhecida a estimativa de inflação na Zona Euro em março, que será determinante para perceber se o Banco Central Europeu vai voltar a cortar as suas taxas de juro de referência - algo defendido pelo governador do Banco de Portugal, Mário Centeno. Em fevereiro, a inflação na Zona Euro registou um abrandamento maior do que o inicialmente estimado, tendo recuado para 2,3%.

A dívida pública, na ótica de Maastricht, a que conta para Bruxelas, aumentou no primeiro mês do ano 3,6 mil milhões de euros, atingindo 274,3 mil milhões de euros. Esta foi a segunda subida mensal consecutiva, mas também coincidiu com uma venda sindicada de obrigações. Os dados que o Banco de Portugal divulgar esta terça-feira, relativos a março, vão permitir avaliar se a tendência se mantém.

A evolução da indústria de vários países na Zona Euro, nos EUA e na China, entre outros, vai estar em foco esta terça-feira com a publicação das leituras de março do índice de gestores de compras (PMI). Os analistas vão estar especialmente atentos à tendência na Alemanha cuja economia se aproximação da estagnação.

A presidente do Banco Central Europeu fala esta terça-feira numa conferência em Frankfurt sobre o "Poder transformativo da IA". Christine Lagarde vai focar-se nas implicações e desafios económicos da inteligência artificial - isto depois de, no ano passado, o BCE ter alertado para o risco de uma bolha financeira em torno das empresas de IA cotadas em bolsa.