A 20 de maio de 2021, a Comissão Europeia concluiu que sete bancos de investimento – UBS, Natixis, UniCredit, Nomura, Bank of America e Portigon (antigo WestLB) e NatWest (antigo Royal Bank of Scotland) – participaram, entre janeiro de 2007 e novembro de 2011, num cartel no setor das obrigações da Zona Euro. Esta quarta-feira, o Tribunal de Justiça da União Europeia vai pronunciar-se sobre o pedido de seis dos sete bancos (o NatWest, que denunciou o cartel à Comissão, ficou de fora) para que fosse anulada a decisão de Bruxelas ou que as coimas aplicadas fossem reduzidas. A decisão deverá influenciar a negociação do setor da banca nos mercados.

A negociação de dívidas soberanas poderá responder às idas ao mercado dos dois gigantes de ambos os lados do Atlântico. Do lado de lá, os Estados Unidos - um dos países mais endividados do mundo (fechou 2024 com uma dívida de 35,29 biliões de dólares) - conduzem um leilão de títulos a 5 anos. Por cá, a Alemanha vai efetuar um leilão de obrigações a 30 anos.

A SAD do FC Porto tem a decorrer uma oferta de obrigações que vencem em dezembro de 2028, na qual oferece uma taxa de 5,5%. No final de terça-feira, a sociedade desportiva comunicou o aumento do montante do empréstimo obrigacionista de 30 para 50 milhões de euros. Em causa estão duas operações (de subscrição e de troca) que decorrem até sexta-feira. Os investidores irão reagir esta quarta-feira à subida da oferta obrigacionista.  

Esta terça-feira há chuva de dados económicos do país. O Banco de Portugal divulga vários indicadores em relação às contas das administrações públicas. Na segunda-feira, a instituição revelou que o endividamento da economia portuguesa arrancou 2025 com uma nova subida. A dívida das famílias, empresas (excluindo o setor da banca) e administração pública aumentou 4,4 mil milhões de euros para um total de 818,4 mil milhões, sendo este o valor mais elevado de sempre no arranque do ano. Já o Instituto Nacional de Estatística mostra as contas nacionais trimestrais por setor institucional relativas ao final do ano passado. 

Os mercados deverão continuar a reagir às negociações entre a Rússia e a Ucrânia, depois do acordo anunciado pelos EUA no seguimento das conversações na Arábia Saudita. Nesta terça-feira, o presidente ucraniano assegurou que está disposto a implementar um cessar-fogo parcial após o acordo de tréguas nos combates no Mar Negro. Contudo, a Rússia exige o fim das sanções agrícolas e outras para aceitar o pacto, o que fez com que Volodymyr Zelensky acusasse os russos de "manipular" e "distorcer" o acordo de Riade.