O Banco de Portugal reviu, em dezembro, em ligeira alta as projeções para o crescimento da economia apontando para uma expansão de 2,2% este ano. Em plena crise política, o governador Mário Centeno vai apresentar novas previsões no boletim de março, com as eleições antecipadas a poderem ter impacto no cenário macroeconómico, depois dos alertas que a Fitch deixou na última revisão ao rating de Portugal.

Os líderes da UE reúnem-se em Bruxelas para analisar os acontecimentos mais recentes na Ucrânia, depois da conversa entre os Presidentes dos EUA e da Ucrânia na quarta-feira sobre um eventual cessar-fogo em relação a alvos energéticos, bem como a política de defesa do bloco perante a ameaça russa. Estarão também em debate temas como a competitividade e o quadro financeiro plurianual. Também na capital belga, estará a presidente do BCE, para uma audição na comissão de Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu.                  

A época de resultados de 2024 está prestes a chegar ao fim na bolsa de Lisboa. Esta quinta-feira é a vez da Altri, da Sonae e dos CTT mostrarem as contas. A papeleira mais do que triplicou os lucros até setembro para 89,6 milhões de euros, enquanto a retalhista viu o resultado líquido a engrossar 10,6% para 149 milhões de euros. Já os lucros dos correios caíram 22% para 27,8 milhões no mesmo período. Os investidores vão também reagir aos números de 2024 da Jerónimo Martins, que apresentou uma queda dos lucros de mais de 20% para 599 milhões na quarta-feira.  

Os mercados europeus também terão oportunidade de reagir às palavras de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal (Fed), que deixou o alerta de que as políticas comerciais da Administração Trump estão a causar incerteza e a impulsionar as expectativas de inflação, após a reunião de política monetária que deixou as taxas inalteradas. Também serão conhecidos os dados dos pedidos de subsídio de desemprego dos EUA.                       

Tal como a Fed, também o Banco de Inglaterra deverá manter as taxas de juro em suspenso na sua reunião de política monetária. Graças a uma combinação de inflação crescente e aumento da incerteza geopolítica, a maioria dos decisores políticos parece favorável a avançar a um ritmo gradual que mantenha a taxa de referência nos 4,5%. Uma minoria - que os analistas indicam deverá estar entre os dois e três membros do comité - será provavelmente favorável a um corte imediato.