Com o chumbo do Orçamento do Estado, o presidente da República avança com a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições antecipadas, abrindo uma crise política no país. Os investidores vão estar atentos aos desenvolvimentos políticos no país e os juros da dívida da República Portuguesa poderão reagir a estas notícias. Do lado das agências de "rating", a Fitch adiantou que está a seguir "de muito de perto os desenvolvimentos políticos em Portugal. Neste momento, não vamos comentar acerca das negociações orçamentais dada a proximidade da nossa próxima revisão do 'rating' soberano, marcada para 12 de novembro".

A reunião política monetária do Banco Central Europeu (BCE) é um dos momentos mais aguardados pelos investidores esta quinta-feira. Ainda que não sejam antecipadas mudanças na política de estímulos e de juros do banco central, os investidores vão estar atentos às palavras de Christine Lagarde, presidente do BCE, na conferência de imprensa que se segue ao encontro, uma vez que poderá deixar indícios para mudanças a decidir no encontro de dezembro.

Numa sessão em que os investidores ainda vão estar a digerir os números apresentados pela Jerónimo Martins e pelo BCP, apresentados já depois do fecho dos mercados, há mais uma cotada da bolsa de Lisboa a apresentar contas: a Navigator. A papeleira registou um forte crescimento dos resultados nos primeiros seis meses do ano, com os lucros a subirem para 64,4 milhões de euros, mais 46,3% do que os 44 milhões registados no mesmo período de 2020.

O aumento de capital da Ibersol, no valor de 40 milhões de euros, arranca hoje. A oferta pública de subscrição prevê vender até 10 milhões de novos títulos, a 4 euros cada. A operação prolonga-se até ao dia 12 de novembro, sendo que as ordens se tornam irrevogáveis a 8 de novembro e os resultados da oferta são conhecidos no dia 15 de novembro. O aumento de capital tem como objetivo reforçar os capitais próprios da empresa, que foi muito afetada pela pandemia da covid-19.