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5 coisas que precisa de saber para começar o dia

Os governos em todo o mundo estão a anunciar mega pacotes de estímulos orçamentais para mitigar os efeitos da propagação do novo coronavírus na economia mundial. Esses pacotes estão a ser desenhados e anunciados e ainda nem chegaram a ser aprovados pelos parlamentos, pelo que ainda falta tempo até chegarem ao terreno. Nos EUA, a aprovação de um pacote de quase dois biliões de dólares está em risco.

23 de Março de 2020 às 07:30
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Governos lançam mão de medidas para travar covid-19

Continuam a ser esperados anúncios por parte dos governos dos vários países afetados pela propagação do novo coronavírus. Em Portugal realiza-se mais uma reunião de concertação social e o gabinete de crise continua ativo.

 

Já no Reino Unido está marcada uma sessão plenária para que a Câmara dos Comuns possa aprovar legislação de emergência para o combate à covid-19. O governo britânico vai escrever a cerca de 1,5 milhões de pessoas com maior risco de desenvolver complicações se contraírem covid-19, pedindo-lhes para ficarem em casa nas próximas 12 semanas, foi ontem anunciado.

 

Bazuca dos EUA de quase dois biliões em risco

Atenuar uma recessão que é dada como certa é o objetivo dos países. Muitos pacotes orçamentais continuam a ser desenhados e anunciados e ainda nem chegaram a ser aprovados pelos parlamentos, pelo que ainda falta tempo até chegarem ao terreno. Mas a sua dimensão tem vindo a crescer de dia para dia.

 

O montante envolvido no programa da maior economia do mundo arrancou na casa das centenas de milhares de milhões de dólares e no sábado já se falava em dois biliões de dólares. A fasquia foi admitida por Larry Kudlow, conselheiro económico da Casa Branca. À chegada ao Capitólio para as negociações sobre este programa, Kudlow adiantou que o "pacote pode chegar a 10% do PIB dos Estados Unidos. É enorme".

No entanto, no domingo os democratas do Senado bloquearam esta proposta, depois de os líderes das duas câmaras do Congresso não terem chegado a acordo quanto à utilização da verba, o que coloca em risco a sua aprovação nesta segunda-feira. Donald Trump, ainda assim, disse estar confiante.

 

Alemanha gasta 10% do PIB

Ursula von der Leyen anunciou na sexta-feira que, pela primeira vez na história da Zona Euro, a Comissão Europeia acionou a cláusula de exclusão das regras de disciplina orçamental determinadas pelo PEC, o que entre outras consequências implica que caia a obrigatoriedade de défices inferiores a 3% do PIB. 

 

A Alemanha, um dos países europeus mais ortodoxos na disciplina fiscal, também dá mostras de que as contas públicas são agora a menor das suas preocupações. Segundo o Financial Times, o governo alemão deverá aprovar já nesta segunda-feira um aumento de 356 mil milhões de euros no endividamento público para fazer face aos gastos com a pandemia. O valor equivale a 10% do PIB da maior economia europeia e vai colocar um ponto final na política seguida nos últimos anos por Angela Merkel de orçamentos equilibrados e défices zero.

 

Putin não pretende ceder à "chantagem" do petróleo dos sauditas

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não pretende submeter-se ao que o Kremlin vê como chantagem da Arábia Saudita em relação ao petróleo, um sinal de que a guerra de preços que abala os mercados globais de energia deve continuar.


O confronto sem precedentes entre os dois gigantes exportadores - e ex-aliados na OPEP+ - ameaça empurrar o preço do barril para menos de 20 dólares mas a Rússia já estava preparada para enfrentar esse cenário, sublinhou uma fonte à Bloomberg.

 

As cotações do "ouro negro" continuaram a perder terreno na semana passada, pressionadas pela queda da procura decorrente da covid-19 e pela ameaça saudita de abrir com mais força a torneira da produção a partir de abril. O Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações portuguesas, afundou mais de 15% no agregado da semana. Já o WTI caiu 29%, na maior queda semanal desde 1991.

 

Confiança na Zona Euro em foco

Em plena crise devido ao novo coronavírus, são divulgados os indicadores de confiança na Zona Euro, referentes a março, que devem apontar para uma queda aguda, já pelo contágio da pandemia de covid-19. 

 

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