O IGCP - Agência de Gestão de Tesouraria e da Dívida Pública realiza esta quarta-feira a primeira oferta de troca de dívida do ano, prosseguindo a estratégia já implementada em 2019 de aproveitar os juros baixos para adiar o reembolso de obrigações aos investidores.

O objetivo desta oferta passa por comprar obrigações que chegam à maturidade em abril de 2021, oferecendo em contrapartida títulos que só serão reembolsados em junho de 2029.

A divulgação de contas continua um pouco por todo o mundo, e nos EUA estarão hoje em destaque, no setor tecnológico, os números trimestrais da Amazon e da Tesla, que serão divulgados após o fecho da sessão em Wall Street.

Teremos também os resultados da Boeing e da General Eletric. Além disso, hoje o Goldman Sachs realiza o seu primeiro Dia do Investidor, que irá decorrer em Nova Iorque.

A tecnológica liderada por Tim Cook reportou ontem, depois do fecho de Wall Street, as contas do seu primeiro trimestre fiscal, terminado a 31 de dezembro, e as estimativas para o período em curso. Os números agradaram nas duas frentes e as ações subiram de imediato na negociação fora de horas.

O volume de negócios da Apple no primeiro trimestre aumentou 9% face ao mesmo período do ano passado, para 91,8 mil milhões de dólares. A estimativa do consenso de mercado para as receitas era de 88,4 mil milhões de dólares. A contribuir para estes bons números esteve o aumento das vendas de iPhones e a crescente procura de acessórios como os headphones sem fios AirPods. Já o resultado líquido cresceu 11% para 22,2 mil milhões de dólares, correspondendo a um lucro por acção de 4,99 dólares (+ 19%) – que ficou acima da média de 4,55 dólares prevista pelo consenso do mercado.

"A Apple reportou novos recordes no período natalício, tanto nas receitas como no resultado líquido, tendo alcançado um dos maiores lucros trimestrais de qualquer empresa – e ajudando a justificar o preço das suas ações, que mais do que duplicou no último ano", salientou o Financial Times.

Não são esperadas mexidas. A primeira reunião do ano da Reserva Federal norte-americana (Fed) deve terminar, esta quarta-feira, tal como no fecho de 2019: com as taxas inalteradas.

Os mercados veem poucas razões para avançar com mudanças. E Jerome Powell, o presidente da Fed, vai apresentar as suas razões e visões na habitual conferência de imprensa.

Por cá, o Instituto Nacional de Estatística (INE) revela as estimativas mensais de emprego e desemprego, relativas a dezembro, e também as estatísticas de preços da habitação ao nível local referentes ao terceiro trimestre de 2019.

Ainda na Europa, destaque na Alemanha para a confiança do consumidor em fevereiro, medida pelo GfK, e para os preços na importação em dezembro. De Espanha virão os números das vendas a retalho em dezembro e de Itália a confiança dos consumidores e dos empresários em janeiro.

Nos Estados Unidos, a Administração de Informação em Energia (IEA, na sigla original, que está sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia) divulga os dados relativos aos inventários de crude do país na semana passada, bem como os stocks de destilados e gasolina. Além disso, a IEA apresenta as suas perspetivas para a energia em 2020.