Esta será a questão que os investidores querem ver respondida. A Reserva Federal (Fed) termina a sua reunião esta quarta-feira e além de publicar o comunicado habitual, o presidente dará a também habitual conferência de imprensa. Não se esperam que sejam anunciadas novidades na reunião de hoje, mas espera-se que sejam dados sinais sobre o futuro da política monetária nos EUA. É nisso que os investidores estarão focados. Sendo que o BCE aumentou a expectativa de descidas de juros também nos EUA.

O tema não é novo e não parece estar perto de ser fechado, mas continua a provocar ganhos e perdas nas bolsas. Esta terça-feira foi dia de notícias positivas, capazes de sustentar bolsas e petróleo. Donald Trump revelou que teve uma "conversa muito boa ao telefone" com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, e antecipou uma reunião "aprofundada" a ser realizada na próxima semana, durante a cimeira do G-20. Estas declarações foram suficientes para aliviar os receios dos investidores, mas estarão longe de pôr um ponto final nesta questão.

As bolsas dos EUA estão próximas de máximos históricos. O S&P500 fechou acima dos 2.900 pontos pela primeira vez desde maio e está a cerca de 1% do seu valor mais elevado de sempre. Já o Dow Jones está próximo de fechar o melhor mês de junho em 80 anos, de acordo com o Marketwatch. Conseguirão os índices regressar aos máximos históricos? Está tudo nas mãos da Fed e de Donald Trump conseguir fechar um acordo comercial com a China.

O dia será marcado por vários discursos de membros do Banco Central Europeu (BCE). Dificilmente conseguirão ter o impacto que Mario Dragi teve nos mercados esta terça-feira, quando admitiu aumentar os estímulos económicos, abrindo a porta a novos cortes de juros. Sabine Lautenschläger, Benoît Coeuré e Mário Draghi são os responsáveis que vão falar e cujas palavras devem atrair as atenções dos investidores.

A oferta pública de subscrição de obrigações da TAP terminou na terça-feira, 18 de junho, e os resultados serão conhecidos hoje. Sabe-se já que a procura terá sido elevada, já que a TAP decidiu aumentar a oferta dos 50 milhões iniciais para 200 milhões de euros. A companhia aérea pretende assim captar 194,8 milhões de euros nesta operação dirigida ao retalho. As obrigações serão admitidas à negociação bolsista no dia 24.