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5 coisas que precisa de saber para começar o dia
Esta sexta-feira, um dos grandes focos dos investidores está em Viena, onde a OPEP+ tentará chegar a um acordo de corte da oferta de petróleo.
Os preços do petróleo caíram de forma acentuada na sessão de ontem, em Londres e em Nova Iorque. Isto depois de a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), em Viena, ter terminado sem um acordo sobre a dimensão do corte na produção a implementar pelos membros do cartel, que esperam pelo encontro desta sexta-feira com os produtores externos ao grupo, que incluem a Rússia (OPEP+), para tomarem a decisão final.
A expectativa do mercado é a de que seja anunciado um corte conjunto de cerca de 1,3 milhões de barris por dia.
Queda nas bolsas centra atenções
As bolsas mundiais negociaram ontem, de forma mais ou menos generalizada, numa maré vermelha. As bolsas europeias fecharam com queda acentuadas, em alguns casos superiores a 3%. O Stoxx600, índice europeu que reúne as 600 maiores cotadas europeias, afundou 3,09%, naquela que foi a pior sessão bolsista desde o Brexit (Junho de 2016). O índice recuou para mínimos de Dezembro de 2016. E não foi o único. Várias praças bolsistas na Europa negociaram em mínimos, num dia marcado por mais um sell-off nos mercados bolsistas. O índice alemão, que desceu quase 3,5%, entrou mesmo em "bear market", o que significa que já perdeu 20% desde o último pico, atingido em Janeiro.
A pressionar esteve um renovar de receios em torno da guerra comercial depois das notícias que revelaram a detenção da CFO da Huawei, Wanzhou Meng, que também é filha do fundador da tecnológica chinesa. A responsável foi detida no Canadá por suspeitas de violação das sanções impostas pelos Estados Unidos ao Irão. Estas informações também pesaram em Wall Street, com os investidores a verem sob ameaça as tréguas entre os EUA e a China.
Moody's pronuncia-se sobre dívida do Reino Unido
A agência de notação financeira Moody's tem agendada para esta sexta-feira uma possível acção de "rating" para a dívida do Reino Unido. A instituição poderá juntar-se a outras agências de notação financeira, como a Standard & Poor's, que já alertaram para os impactos de uma eventual saída desordenada do país da União Europeia. Segundo a S&P, o risco do país abandonar a União sem um acordo aumentou de forma significativa, um cenário que resultaria numa "recessão moderada".
Por outro lado, a DBRS poderá pronunciar-se sobre a dívida soberana da Alemanha e a Fitch poderá fazer o mesmo para a dívida do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF).
PIB do euro e taxa de desemprego norte-americana em foco
Hoje serão divulgados nos EUA indicadores relacionados com a criação de emprego e a evolução da média de horas trabalhadas na maior economia do país. Os economistas consultados pela Bloomberg antecipam que a taxa de desemprego no país se tenha situado em 3,7% em Novembro, à semelhança do que aconteceu no mês anterior.
Na Europa, destaque para os dados do PIB da Zona Euro, bem como para a produção industrial na Alemanha e em França.
Juros da Alemanha e EUA deslizam
Os investidores estão à procura de refúgio, numa altura em que a incerteza em torno do mercado bolsista é elevada. Assim, os títulos de dívida soberana de países como a Alemanha e os EUA servem de porto seguro, o que esteve ontem a pressionar as taxas de juro implícitas.
A taxa a 10 anos associada à dívida da Alemanha descia ao final do dia 5,2 pontos para 0,225%, um mínimo de Maio, altura em que a crise política em Itália fez soar os alarmes na Europa. Já a taxa dos EUA seguia a perder mais de 8 pontos para 2,832%, com as taxas de mais curto prazo a continuarem a registar quedas mais pronunciadas, à semelhança dos últimos dias.