O dia vai ser em cheio para a bolsa nacional. Os títulos da Navigator (ex-Portucel) poderão disparar no PSI-20, depois de na quinta-feira após o fecho da praça lisboeta a empresa ter anunciado um aumento dos dividendos para 250 milhões.

Por seu lado, os CTT apresentam hoje as suas contas do primeiro trimestre. Segundo as estimativas do CaixaBI, os lucros da empresa postal liderada por Francisco Lacerda terão caído 52,2%. Também a Pharol irá confessar-se ao mercado, com os números de 2016.

Entretanto, a Nos, Impresa e Media Capital (que está fora do índice PSI-20) estarão a reagir aos resultados ontem reportados após o fecho da bolsa nacional.

O BCE reiterou ontem a disponibilidade para manter os estímulos e reiterar o seu programa de compra de activos. Com efeito, o presidente do banco central, Mario Draghi, confirmou que o BCE vai manter inalterados os juros em mínimos históricos e que também o programa extraordinário de compra de activos vai permanecer até ao final do ano e para lá dessa data, se necessário.

Essa decisão atirou os juros portugueses a 10 anos para um mínimo de quase seis meses. Irão hoje prosseguir essa tendência?

Um dia depois de ser conhecida a decisão do BCE sobre as taxas de juro na região, que se mantiveram, o gabinete de estatísticas europeu divulga os números mais recentes da inflação na Zona Euro. Segundo as estimativas da Bloomberg, o índice de preços do consumidor deverá ter atingido, este mês, 1,8%. Serão divulgados também os dados das vendas a retalho na Alemanha, relativos a Março, bem como o PIB do primeiro trimestre de França, Espanha e Reino Unido.

Por cá, o Instituto Nacional de Estatística (INE) apresenta o inquérito à avaliação bancária referente a Março, bem como as estimativas mensais de emprego e desemprego (Março). O Banco de Portugal publica o relatório sobre o sistema de pagamentos.

Nos EUA, destaque para a apresentação dos dados do PIB no primeiro trimestre deste ano. A economia norte-americana deverá ter crescido 1,5% nos primeiros três meses, o crescimento mais fraco em quase um ano, segundo a primeira estimativa do Departamento do Comércio. Apesar deste abrandamento, a economia dos EUA deverá continuar a demonstrar robustez.

Esta sexta-feira prossegue a apresentação das contas trimestrais de empresas de todo o mundo, com destaque hoje para o Barclays e para as petrolíferas Exxon Mobil e Chevron Corp. Na Ásia, teremos os resultados do Agricultural Bank of China, Bank of China e Industrial & Commercial Bank of China.

Do lado das notações financeiras, as agências de rating têm agendada uma possível mexida nas classificações ou perspectivas de vários países, nomeadamente Moçambique (Fitch), Holanda (Fitch), Alemanha (S&P) e Reino Unido (S&P). 

O mercado está atento à possibilidade de os serviços governamentais dos EUA paralisarem a partir de sábado, 29 de Abril, se o Congresso não aprovar a proposta de financiamento do governo até esta sexta-feira. A Câmara dos Representantes e o Senado terão de aprovar um projecto de lei no valor de um bilião de dólares para o governo norte-americano ser financiado até 30 de Setembro e não entrar em "shutdown".

O 29 de Abril é também a data que marca os 100 dias de Donald Trump e o dia do Conselho Europeu dedicado ao Brexit.