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5 coisas que precisa de saber para começar o dia
Ibersol e Novabase, que ontem se estrearam com ganhos no PSI-20, continuarão essa senda? A Europa poderá reagir ao primeiro debate entre candidatos presidenciais em França. E, depois do aumento de juros, três responsáveis de bancos da Fed podem sinalizar novas mexidas no preço do dinheiro.
As duas estreantes no PSI-20 fecharam ontem o dia de entrada no índice nacional de acções com ganhos e resta saber se hoje continuarão o movimento. No caso da gestora de marcas de restauração, a Ibersol, atingiu o valor mais elevado de sempre – 15,11 euros. Já a Novabase tocou no valor mais alto desde Agosto de 2014, em 3,13 euros. Desde que foi conhecida a notícia da sua entrada no índice que acrescenta visibilidade às cotadas, a Novabase já reforçou o seu valor em bolsa em 8,16% enquanto a Ibersol apreciou 5,3%.
Sonae Indústria apresenta resultados
A empresa que, tal como a Ibersol e a Novabase chegou a estar na lista de prováveis integrantes no PSI-20 aquando da recente revisão, mostra hoje as contas do ano passado. Nos primeiros nove meses de 2016, a companhia liderada por Paulo de Azevedo melhorou em 24% os prejuízos, que ficaram em 21,3 milhões de euros. Isto depois de os resultados do período homólogo de 2015 terem sido reexpressos para reflectir mudanças devido à parceria com a Arauco, que envolve as operações europeia e sul africana da Sonae Indústria. A apresentação detalhada das contas à imprensa está marcada para amanhã de manhã.
Arranca aumento de capital do Deutsche Bank
Os direitos de subscrição que dão acesso ao aumento de capital de 8.000 milhões de euros do banco alemão começam a negociar hoje e transaccionam até dia 4 de Abril, com cada duas acções detidas pelos investidores a darem direito à subscrição de um novo título. O preço de cada novo papel (11,65 euros) significa um desconto de 32% em relação ao fecho da sessão de ontem (17,15 euros, dia em que os títulos sofreram uma queda de 3,8%) e de 35% em relação à sessão de sexta-feira, a última antes de serem conhecidos os termos do reforço de capital.
A reacção dos mercados ao debate em França
No primeiro debate televisivo a cinco, os dois candidatos mais bem posicionados às presidenciais de Abril e Maio em França - o centrista Emmanuel Macron e a líder da extrema-direita Marine Le Pen - colidiram em aspectos como a imigração e a integração europeia. Le Pen disse que a França não tem de criar emprego para os "vizinhos" e manteve a intenção de realizar um referendo à permanência na União Europeia e de retirar o país do euro, algo que levou François Fillon, o candidato da direita, a apelidá-la de "'serial killer' do poder de compra."
Com 40% dos eleitores indecisos e Le Pen e Macron taco-a-taco nas sondagens, as leituras sobre os vencedores da noite podem ter impacto nos mercados. Segundo uma sondagem da Elabe divulgada depois do debate Emmanuel Macron foi o mais convincente, o que pode contribuir para sossegar os investidores, receosos do impacto negativo de uma saída do euro pelas mãos de Le Pen.
Ontem, horas antes do debate se realizar, os juros da dívida soberana francesa a dez anos davam sinais de nervosismo e fecharam a sessão em máximos de um mês e meio.
Depois do aumento dos juros, membros da Fed voltam a falar
Os presidentes de três dos bancos regionais da Reserva Federal norte-americana têm hoje intervenções programadas, menos de uma semana depois de a Fed ter decidido o terceiro aumento de juros nos EUA desde 2008. As declarações dos líderes dos bancos da Reserva do Kansas, de Cleveland e de Boston estarão sob a atenção dos investidores, nomeadamente pelas pistas que poderão deixar sobre futuras subidas do preço do dinheiro na maior economia do mundo - sendo que a Fed já admitiu estar a prever duas subidas durante este ano.