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Pequim lança este domingo plataforma de NFT mas deixa criptomoedas de fora
Pequim já tinha anunciado em janeiro a intenção de entrar na corrida aos NFT, ainda que se recuse a adotar este nome e a permitir a sua compra com criptomoedas.
Os preços do petróleo prosseguem a tendência negativa, com os investidores receosos perante o aumento de casos de covid-19 na China – que é o maior importador mundial de crude.
A China vai flexibilizar as suas restrições no âmbito do combate à covid-19, mas o crescente número de novas infeções está a preocupar o mercado, que receia novos focos generalizados e que está a avaliar até que ponto é que isso afetará um potencial aumento da procura por petróleo.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, cede 1,74% para 77,59 dólares por barril.
Já o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 1,55% para 81,97 dólares.
As cotações já estiveram a cair mais, mas estão a travar as perdas com o dólar mais fraco – o que aumenta a atratividade dos ativos negociados na nota verde, como é o caso desta matéria-prima.
Um ano depois do anúncio, Pequim vai inaugurar o primeiro marketplace de NFT apoiado pelo Estado este domingo, dia 1 de janeiro.
A plataforma será administrada por empresas públicas e privadas, incluindo a China Technology Exchange e a Art Exhibitions China, apoiadas pelo Estado chinês e a empresa privada Huban Digital. O marketplace foi batizado de "China Digital Asset Trading Platform" (na tradução inglesa).
A tecnologia subjacente a esta plataforma também é controlada por Pequim, sendo apelidada de "China Cultural Protection Chain". Nos últimos dois anos o consumo de arte virtual tornou-se popular na China, no entanto, a transação de NFT no país tem características especiais face a outros mercados, a começar pelo nome.
Na China, por determinação de Pequim estes ativos digitais não são batizados de NFT, apesar de serem tokens não fungíveis, mas apenas de "colecionáveis digitais", que segundo a jurisprudência chinesa, expressa numa sentença proferida no início deste mês, são revestidos com um direito de propriedade com contornos semelhantes ao direito que reveste os produtos vendidos em plataformas de e-commerce como a Alibaba.
Além disso, estes colecionáveis, ao contrário do resto do mundo, não podem ser comprados com criptomoedas, já que as transações e a mineração cripto foram proibidas por Pequim em setembro do ano passado.
Depois de declarada a guerra às cripto, a China tem optado por adaptar a inovação financeira aos contornos de Pequim, não só com o lançamento desta plataforma, como através do lançamento de uma moeda virtual que serve de réplica digital à moeda do país, o yuan digital, tendo sido a primeira grande potência a emitir uma moeda digital emitida por um banco central (MDBC).