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FTX já tem pelo menos cerca de cinco mil milhões de dólares para pagar a credores

A defesa da empresa revelou que a equipa responsável pela restruturação conseguiu encontrar cerca de cinco mil milhões de dólares em dinheiro e criptos. Pode haver ainda mais ativos disponíveis.

John J. Ray III é o homem que está a tentar reestruturar a insolvente FTX. Foi ouvido no Senado norte-americano para o colapso da plataforma cripto cofundada por Sam Bankman-Fried.
Elizabeth Frantz/Reuters
11 de Janeiro de 2023 às 17:06
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A equipa que está a tomar conta do processo de restruturação da FTX encontrou cerca de cinco mil milhões de dólares em "cash" e em criptoativos, que podem ser vendidos de forma a saldar as dívidas aos credores, revelou o advogado da empresa, Andrew G. Dietderich esta quarta-feira no tribunal de falências de Delaware.

 

Ao todo são 4,6 mil milhões de dólares que podem ser usados para ressarcir os créditos devidos pela plataforma colapsada. Andrew G. Dietderich deu ainda conta que há mais criptoativos que podem ser considerados, mas que serão difíceis de vender.

 

Além disso, a equipa liderada por John Ray III identificou 9 milhões de contas. Há algumas semanas, e durante um testemunho no Senado norte-americano, o novo CEO da FTX já tinha avançado que a empresa iria identificar paulatinamente todas as carteiras sob gestão, ainda que tenha admitido que possam haver algumas que podem não ser identificadas devido à sua natureza.

Na altura Ray III revelou ainda que já havia mil milhões salvaguardados que poderiam ser usados para pagar a clientes e credores. 

 

"O colapso da FTX parece provir da concentração do controlo nas mãos de um pequeno grupo de indivíduos pouco sofisticados e inexperientes, que falhou no que toca ao implementar os sistemas necessários para uma empresa que detém à sua confiança ativos de outras pessoas", explicou Ray III durante o seu testemunho lido diante dos senadores.

 

O atual CEO da FTX referiu que entre "algumas das práticas de gestão inaceitáveis e identificadas até agora" figura "a utilização de infrastruturas informáticas que davam aos indivíduos da alta gestão" da empresa "o acesso aos sistemas que armazenavam os ativos dos clientes, sem um controlo de segurança que prevenisse o desvio destes ativos".

 

Além de uma série de empréstimos autorizados para si próprio, Sam Bankman-Fried foi testemunha e protagonista de uma série de fraudes de documentos e contas da empresa, segundo a acusação do Ministério Público, sustentada pela confissão da ex-CEO da Alameda Research - o braço de investimento da FTX - Caroline Ellison.

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