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"Crash" cripto: Reguladores cercam FTX. Bahamas congela ativos

EUA, Japão, Austrália e Bahamas já estão atentas ao novo colapso que está afetar o mercado cripto.

Bloomberg
11 de Novembro de 2022 às 13:08
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Os regulador das Bahamas, onde está a sede da companhia liderada por Sam Bankman Fried, congelou os ativos da subsidiária da plataforma no país. O Japão também já tomou medidas para proteger os investidores.

 

A Comissão dos Mercados das Bahamas congelou os ativos da FTX Digital Markets, subsidiária que opera na ilha. "A Comissão está ciente das declarações públicas que têm surgido sugerindo que os ativos dos clientes foram mal geridos, bem como sobre as possíveis más ações de gestão, sem o consentimento dos clientes e potencialmente ilegais", escreve o supervisor do paraíso fiscal.

 

No Japão, o regulador que supervisiona as "exchanges" de criptomoedas no país, avisou, através de um comunicado, que não iria permitir que a FTX aceitasse mais ativos dos clientes. Ainda no Japão, o ministro das Finanças, Shunichi Suzuki, indicou que seria "feito tudo o que for possível" para proteger os clientes da FTX.

 

Pela Austrália, o regulador recomendou os investidores a não recorrerem aos serviços da FTX. Ainda em Sidney, a empresa de consultoria e investimento KordaMentha foi chamada à administração da empresa, para auditar o negócio da plataforma no país.

 

Nos EUA, o regulador financeiro norte-americano (SEC) e a Comissão de Negociação de Futuros de "Commodities" (CFTC) estão a investigar a forma como a FTX administrou os ativos dos clientes, segundo avançou a a Bloomberg. Os reguladores estão ainda a investigar a relação interorgânica entre a FTX.com com a FTX EUA, assim como com a Alameda Research, o braço de investimento do império liderado por Sam Bankman Fried.

 

No epicentro desta crise está a FTT. A criptomoeda do Alameda Research começou a afundar esta segunda-feira, após o CEO da Binance, Changpeng Zhao (também conhecido como "CZ"), ter anunciado no Twitter que a maior plataforma cripto do mundo se iria desfazer de todas as FTT.

 

Em causa estava uma notícia avançada pela Coindesk, no final da semana passada, de que parte significativa do balanço da Alameda Research é composta por FTT, o que levantou preocupações entre os investidores sobre a possível falta de liquidez do braço de investimento e investigação da FTX.

 

Ainda na segunda-feira, a Binance manifestou a intenção de compra das operações da FTX, à exceção da norte-americana, de forma a evitar esta crise de liquidez, acordo que acabou por morrer na praia, conforme foi avançado pela maior plataforma cripto do mundo.

Em Portugal, o Negócios já contactou a CMVM e o Banco de Portugal no sentido de saber se está a ser levada a cabo alguma diligência perante esta crise, estando ainda à espera de resposta. 

 

Enquanto esta crise avança, a lista de empresas com exposição ao colapso da FTX já começou. A Genesis, uma grande empresa de negociação de criptomoedas, disse que tinha cerca de 175 milhões de dólares presos na plataforma da FTX, ainda que tenha garantido que tal não irá afetar a sua atividade.

 

 

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