A bitcoin chegou a disparar mais de 10% esta segunda-feira, tendo negociado na fasquia dos 30 mil dólares e alcançado máximos de agosto. Entretanto, a criptomoeda mais cara do mercado aliviou para uma subida de 3,51% para 28.161,63 dólares.

Afinal, foram apenas "uns bons 30 minutos de jogos e diversão", como resume Teong Hng, CEO da Satori Research, citado pela Bloomberg. Mas de onde veio tanta euforia?

A resposta reside apenas em três letras: "ETF". A escalada foi provocada pela especulação de que supervisor norte-americano de capitais (SEC, na sigla em inglês) tinha dado luz verde à BlackRock, aprovando assim o primeiro "exchange-traded fund" (ETF) com exposição direta à bitcoin. 

Pouco tempo depois, a maior gestora de ativos do mundo veio esclarecer que o "iShares Spot Bitcoin ETF" ainda está "sob avaliação da SEC", tendo desmoronado as expectativas do mercado.

Em junho, a BlackRock apresentou um requerimento junto do supervisor liderado por Gary Gensler para deter um fundo negociado em bolsa com exposição à bitcoin.

O ETF, caso seja aprovado, será custodiado pela maior plataforma dos EUA, a Coinbase, e funcionará tendo por base o preço "spot" da bitcoin, ou seja a cotação corrente do mercado à data da compra e venda do criptoativo.

Além deste requerimento, a SEC tem em cima da mesa cerca de 10 pedidos para oferecer um instrumento financeiro desta natureza. Até ao momento, o supervisor ainda não aprovou nenhum.

Caso o regulador diga "sim" poderá ficar "taco a taco" com a Europa e o Canadá, onde já foram aprovados ETF com exposição ao preço spot da bitcoin.