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Banco de Portugal recebeu 30 pedidos de registo inicial de entidades cripto desde 2020

Desde setembro de 2020, quando foi conferido ao Banco de Portugal o poder de dar luz verde aos operadores cripto, entraram 30 pedidos de registos iniciais. Desde então foram registadas apenas nove entidades, que oferecem diversos serviços desde troca de cripto por moeda fiduciária a administração e guarda de criptoativos.

O comércio a retalho e a reparação de automóveis foram os setores cujos pagamentos mais aumentaram – 14 pontos percentuais e um ponto percentual, respetivamente.
José Manuel Ribeiro/Reuters
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O Banco de Portugal (BdP) já recebeu 30 pedidos de registo inicial, desde setembro de 2020, e nove requerimentos de alteração do registo, por parte de entidade que pretendem operar com criptoativos, segundo os números apresentados esta quinta-feira pela instituição durante o "fintech meeting" subordinado ao tema da regulação sobre ativos virtuais. Destes 30 pedidos, foram conferidos registos a um total de nove entidades.

Como explica Filipa Marques Júnior, diretora-adjunta do departamento de averiguação e ação sancionatória, "estes 30 pedidos de registo inicial não representam todos os potenciais interessados num registo junto do BdP".

"Dizemos isto, tendo por base as centenas de pedidos de consulta e informação sobre este tema. Nem todos dão origem à apresentação formal de um pedido de registo", complementa Filipa Marques Júnior.

A diretora adjunta do departamento sancionatório e de averiguação do banco central frisa ainda que "o número de recusas [dado pelo BdP] não é a diferença entre os 30 pedidos de registo inicial e os nove registos concedidos".

Isto porque "muita vezes o próprio requerente chega à conclusão que neste momento ainda não é adequado dar continuidade à sua intenção", entre "outras vicissitudes", acrescenta Filipa Marques Júnior.

Entre estes nove prestadores de serviços, todos estão autorizados a realizar operações de troca entre cripto e moeda fiduciária, 89% estão autorizados a realizar trocas de cripto por cripto.

Porém, apenas 78% estão registados enquanto entidades que custodiam ativos e só pouco mais de metade (56%) estão autorizadas a realizar transferências de ativos virtuais.

Durante a conferência, além da descrição sobre o tecido nacional de prestadores de serviços cripto em Portugal, vários responsáveis do Banco de Portugal apresentaram uma explicação sobre a regulação nacional em vigor e a regulação europeia aprovada por Estrasburgo para regular este setor, que deverá ser publicada no Jornal Oficial da União Europeia no segundo trimestre deste ano.

Durante a abertura do evento, o vice-governador do BdP, Luís Máximo dos Santos, salientou a necessidade da regulação deste setor.

"Mesmo entre especialistas do mundo financeiro, os ativos virtuais suscitam opiniões contraditórias e por vezes apaixonadas, que não se via há muito tempo", começou por afirmar o vice-governador.

"Se não os consegue travar é melhor regulá-los e parece-me uma visão correta. Há que criar regras tão eficazes quanto possível, sobretudo na mitigação dos maiores riscos", rematou Luís Máximo dos Santos.

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