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Anchorage assina parceria que permite financiamento de startups com "stablecoins"

A empresa cofundada pelo Português Diogo Mónica assinou uma parceira com a AngelList que permite que as empresas - mesmo que fora da rede blockchain - possam financiar-se a USD Coin, uma stablecoin correlacionada com o dólar.

Miguel Baltazar
11 de Agosto de 2022 às 15:01
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Em pleno "inverno cripto", onde as stablecoins estão no epicentro da crise, a Anchorage Digital assinou uma parceria com a AngelList uma plataforma de recursos humanos e de financiamento de startups, que permite que estas empresas, mesmo que com uma natureza fora da tecnologia blockchain, possam financiar-se em USD Coin (USDC), uma stablecoin, cuja cotação está diretamente correlacionada com o comportamento do dólar.

 

"Através de uma nova parceria com a Anchorage Digital, os utilizadores são agora capazes de investir no ecossistema de ativos virtuais e participar ativamente no mesmo utilizando a stablecoin USDC para financiar os seus ‘special purpose vehicle’ (nome inglês para entidades subsidiárias com balanço próprio cujo objetivo é isolar o risco de uma operação face à empresa mãe) e fundos através da rede ethereum", pode ler-se no comunicado enviado ao Negócios.

 

Nos últimos tempos, a AngelList ficou famosa por apoiar o financiamento de grandes empresas como a Robinhood e a Uber. Além disso, a plataforma funciona como uma ponte entre empresas e candidatos a postos de trabalho.

 

"Esta parceria abre caminho para um sistema mais eficaz, eficiente e transparente de financiamento das novas e mais promissoras empresas do mundo", sublinha  Diogo Mónica, Presidente e cofundador da Anchorage, na nota enviada.

 

Esta decisão do primeiro criptobanco do mundo surge numa altura particularmente difícil para o mercado cripto, marcado pela queda de mais de 50% da cotação da bitcoin – só desde o início do ano – uma perda que se refletiu na capitalização do mercado, que se fixa agora em cerca de 980 mil milhões de dólares, longe do patamar dos 2,9 biliões de dólares em que figurava no último trimestre do ano passado.

 

No epicentro desta crise está um tipo de criptoativo até então considerado dos mais credíveis e menos voláteis – literalmente classificado como "estável" – e que acabou por desmoronar: as stablecoins, criptomoedas cuja cotação é garantida por algoritmo ou por correlação à cotação de outros ativos, mais concretamente a Terra USD .

 

Além disso, o coplaso da Terra USD - provocado pela perda paridade da Terra com o dólar, demonstrando que a correlação entre os dois ativos não era garantida - juntou-se a perda generalizada de apetite do mercado pelo risco, colocando o segmento que ganhou destaque num mercado composto por cerca de 20 mil criptoativos.

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