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Taxa de juro máxima do crédito automóvel iguala nível mais baixo de sempre
Os portugueses recorrem cada vez mais ao crédito para comprar carro e as taxas de juro praticadas pelas instituições financeiras refletem este aumento da procura.
Pedir dinheiro emprestado para comprar carro em Portugal está de novo mais barato. O aumento da procura e o nível reduzido das taxas de juro de mercado justificam esta tendência no mercado português.
O Banco de Portugal anunciou esta quarta-feira, 13 de março, as taxas máximas que as instituições podem cobrar aos clientes no crédito ao consumo. Estas são formadas através das médias praticadas no mercado pelas instituições de crédito no trimestre anterior, acrescidas de um quarto.
No que diz respeito ao crédito automóvel, as taxas que foram agora anunciadas pelo regulador para o segundo trimestre são mais baixas do que as praticadas nos primeiros três meses do ano. E igualam o mínimo registado no último trimestre de 2018.
Na Locação Financeira ou ALD para automóveis novos a taxa máxima que as instituições financeiras podem cobrar no segundo trimestre é de 4,8%. Desde 2013, quando o Banco de Portugal impôs limites aos juros no crédito ao consumo, só no último trimestre de 2018 foi fixada uma taxa tão baixa. Para a compra de carros usados, com recurso à mesma modalidade de crédito, a taxa máxima do segundo trimestre é de 5,9%, também igualando o mínimo registado no último trimestre.
O crédito ao consumo atingiu um recorde em Portugal no ano passado devido sobretudo à forte procura de crédito automóvel, o que estará a contribuir para os bancos baixarem as taxas de juro cobradas aos seus clientes. Uma tendência que acaba por pressionar em baixa o teto máximo que o Banco de Portugal impõe a todas as instituições financeiras.
No crédito automóvel com reserva de propriedade a taxa máxima mantém-se nos 9,7% para carros novos e desce para 12,3% nos usados.
No que diz respeito às taxas máximas que os bancos podem cobrar nos cartões de crédito, aumentam no segundo trimestre para 16,1%. Trata-se de um aumento de mais 5 décimas contra os primeiros três meses deste ano e que compara com o mínimo de 15,3% no quarto trimestre de 2018.