Notícia
Moratórias baixam taxa de juro e prestações do crédito à habitação
O valor médio da prestação do crédito à habitação desceu para 227 euros em maio mas o capital em dívida aumentou para mais de 54 mil euros.
A taxa de juro implícita no crédito à habitação desceu para 0,903% em maio, o que representa um novo mínimo e uma descida de 4,4 pontos base face ao mês anterior.
Tendo em conta apenas os contratos celebrados nos últimos três meses também se verificou uma descida para mínimos. A taxa recuou de 0,891% em abril para 0,845% em maio.
O Instituto Nacional de Estatística, que revelou estes dados esta manhã, liga esta descida às moratórias que foram pedidas por muitos milhares de portugueses devido à pandemia da covid-19, que suspendem, pelo prazo de seis meses, o pagamento, total ou parcial, da prestação mensal das famílias com o crédito à habitação.
O valor médio da prestação vencida desceu para 227 euros em maio (descida mensal de 10 euros e homóloga de 19 euros). Deste valor, 41 euros (18%) correspondem a pagamento de juros e 186 euros (82%) a capital amortizado. Tendo em conta apenas os contratos celebrados nos últimos 3 meses, o valor médio da prestação desceu para 258 euros.
"As reduções das taxas, bem como da prestação média mensal, observadas em abril e maio, poderão estar associadas às alterações decorrentes do regime de moratória", explica o INE.
O efeito contrário fez-se sentir no capital em dívida, que devido às moratórias aumentou de forma considerável em maio. Os portugueses que estão a pedir moratórias conseguem reduzir os custos nesta altura, mas agravam os pagamentos no futuro.
Segundo o INE, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 124 euros face ao mês anterior e 1.230 euros face a maio de 2019, fixando-se nos 54.010 euros. Para os contratos celebrados nos últimos 3 meses, o montante médio do capital em dívida foi 108.189 euros, mais 302 euros que em abril.