O crédito malparado encolheu ligeiramente em Junho. Recuou, face ao mês anterior, de máximos históricos, tanto nas famílias como nas empresas, embora nestas permaneça acima da fasquia dos 15%. No total, existiam 18,5 mil milhões de euros em prestações vencidas junto da banca.

No caso das empresas, de acordo com os dados do Banco de Portugal, o incumprimento no crédito ascendeu a 13.224 milhões de euros, o equivalente a 15,49% do montante total sob empréstimo da banca (85.350 milhões). Encolheu face aos 15,73% registados em Maio, que tinha sido um recorde.

O valor vencido nos créditos às empresas é bastante superior aos 5.363 milhões de euros em falta pelas famílias junto das instituições financeiras, montante esse que encolheu face ao mês anterior. Uma evolução que levou o malparado a recuar de 4,45% para 4,41%, evolução para a qual contribuiu essencialmente a quebra no crédito para outros fins.

Enquanto o malparado na habitação se manteve em 2,53%, encolheu de 16,25% para 15,82% nos empréstimos para outros fins, em Junho. Mas acelerou para 10,86%, de 10,79%, no caso do malparado dos créditos ao consumo, segundo os dados publicados pelo Banco de Portugal. Estão em falta nestes créditos 1.299 milhões.

Montante em incumprimento

O valor em falta perante a banca, tanto por parte das empresas como das famílias ascendeu a 18.587 milhões de euros em Junho. Encolheu face aos 18.773 milhões registados no mês anterior, mas está mais elevado do que há um ano. No total os bancos registam mais 650 milhões de euros em crédito malparado.

Assiste-se a um aumento de prestações em falta de 3,6%, no global dos destinos de financiamento. No entanto, para esta evolução contribuem essencialmente as empresas. O valor do crédito vencido nas empresas aumentou, no espaço de um ano, em 5,2%, revelam os dados do regulador.