Notícia
Banca reduz dependência do BCE para mínimo de 2010
Há mais de cinco anos que o financiamento que a banca portuguesa obtém junto do BCE não atingia valores tão reduzidos. Em três meses os empréstimos do banco central às instituições portuguesas baixou em 3,55 mil milhões de euros.
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Os bancos portugueses reduziram, pelo terceiro mês consecutivo, a sua dependência do Banco Central Europeu (BCE), ao baixarem o financiamento que obtêm junto do banco central para 25,75 mil milhões de euros em Julho.
Este volume é o mais reduzido desde Junho de 2010, período de forte turbulência na banca nacional depois da Grécia ter apresentado um pedido de ajuda financeira à troika (BCE, União Europeia e FMI) em Maio de 2010.
Traduz também uma queda no financiamento que a banca obtém junto do BCE em 7,1% face a Junho. Nesse mês a dependência da banca nacional do BCE ascendia a 27,71 mil milhões de euros. O volume mais elevado desde ano foi fixado em Abril, nos 29,3 mil milhões de euros, sendo que desde então a redução foi de 3,55 mil milhões de euros.
O montante dos empréstimos da banca nacional continua assim cada vez mais longe do pico de 60,5 mil milhões de euros atingidos em Junho de 2012, numa altura em que o acesso ao financiamento no mercado por parte da banca nacional estava fechado, e que representam um máximo histórico.
Os bancos têm vindo a reduzir progressivamente a sua dependência do BCE, que disparou em 2010, devido ao pedido de resgate da Grécia, o que provocou um distúrbio nos mercados financeiros, com consequências maiores para os países periféricos na Europa. E Portugal não foi excepção.
Em Abril de 2010, a banca nacional tinha empréstimos no valor total de 17,7 mil milhões de euros, junto da autoridade monetária para a Zona Euro. Um mês depois este valor disparou para 24,5 mil milhões, sendo que nos meses seguintes a tendência foi de aumento. Recorde-se que a Grécia apresentou o pedido de ajuda financeira à troika (BCE, União Europeia e FMI) em Maio de 2010.