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Juros do crédito à habitação abaixo de 0,8% pela primeira vez

A banca concedeu 968 milhões de euros em novas operações de crédito à habitação durante o mês de janeiro de 2021, valor que representa uma ligeira quebra face ao ano passado.

Os encargos com habitação pesam hoje mais no rendimento das famílias portuguesas do que em 2010.
Sérgio Lemos
03 de Março de 2021 às 11:11
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Os juros cobrados no crédito à habitação fixaram um novo mínimo histórico em janeiro, ficando abaixo dos 0,8% pela primeira vez desde que há registos. Isto num mês em que a banca concedeu quase 970 milhões de euros em crédito à habitação, um dos valores mais elevados dos últimos anos mas que, ainda assim, representa uma ligeira queda em relação a janeiro do ano passado.

Os números foram divulgados esta quarta-feira, 3 de março, pelo Banco de Portugal (BdP). Segundo os dados do BdP, as novas operações de crédito à habitação ascenderam a 968 milhões de euros em janeiro, valor que representa uma queda de 0,92% em relação a janeiro de 2020.

Janeiro é, tradicionalmente, um dos meses com o menor volume de novas operações de crédito à habitação. Mesmo assim, o montante total concedido nesse mês de 2021 é um dos mais elevados dos últimos anos. E acontece numa altura em que os juros prolongam a trajetória de queda já verificada há vários meses. Em janeiro, o juro médio cobrado nos novos créditos à habitação fixou-se em 0,77%, o valor mais baixo de sempre e a primeira vez que se observa uma taxa inferior a 0,8%.

Ainda no que diz respeito ao crédito às famílias, a banca concedeu 281 milhões de euros em novo crédito ao consumo durante o mês de janeiro, valor que corresponde a uma quebra de 38,9% face a janeiro do ano passado. A taxa de juro média neste segmento aumentou de 6,09% em dezembro para 6,56% em janeiro.

Foram ainda concedidos 137 milhões de euros em financiamentos para outros fins, uma queda de 36,2% face ao ano passado. Neste segmento, a taxa de juro média subiu de 2,97% em dezembro para 3,66% em janeiro.

Feitas as contas, a banca concedeu um total de 1.386 milhões de euros a particulares durante o mês de janeiro, valor que corresponde a uma redução de cerca de 16% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já o juro médio cobrado no conjunto dos novos créditos a particulares subiu de 2,13% em dezembro para 2,23% em janeiro.

Crédito a empresas derrapa e fica mais caro

No que diz respeito ao segmento empresarial, as novas operações de crédito sofreram quebras acentuadas, ao mesmo tempo que os juros aumentaram para os níveis mais elevados em um ano.

Ao todo, a banca concedeu, durante o mês de janeiro, 1.609 milhões de euros em novos créditos às empresas, montante que representa uma quebra de 37,8% face ao mesmo mês do ano passado.

Este movimento verificou-se tanto nas operações de maiores valores como nas de menor dimensão. Os novos créditos com montantes inferiores a um milhão de euros totalizaram 1.011 milhões de euros em janeiro, uma quebra homóloga de 33%. Já as operações de valor superior a um milhão de euros ascenderam a 598 milhões de euros, o que corresponde a uma diminuição de 44%.

O juro médio cobrado nos novos créditos às empresas aumentou de 1,99% em dezembro para 2,16% em janeiro. Esta é a taxa mais elevada desde janeiro do ano passado.

Notícia atualizada pela última vez às 12h27 com mais informação.
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