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Juros da casa voltam a cair exceto para novos contratos
A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação recuou para os 3,830% em fevereiro. No entanto, nos contratos realizados nos últimos três meses, registou-se um aumento de 3,1 pontos base para 3,2%.
Os juros do crédito da casa estão em queda há mais de um ano. Depois de, no arranque de 2025, a taxa implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação ter ficado abaixo dos 4% pela primeira vez desde meados de 2023, o juro médio voltou a recuar e fixou-se nos 3,830% em fevereiro, refletindo a tendência de arrefecimento das Euribor. Foi uma descida de 15,4 pontos base (p. b.) face ao mês anterior, a maior desde setembro de 2009, de acordo com dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
"A taxa de juro implícita no crédito à habitação desceu para 3,830%, valor inferior em 15,4 p.b. face ao registado no mês anterior, acumulando uma redução de 82,7 p.b. desde o máximo atingido em janeiro de 2024 (4,657%)", detalha o INE.
No entanto, nos novos créditos, celebrados nos últimos três meses, registou-se uma quebra da série de 15 meses consecutivos em queda. A taxa de juro aumentou 3,1 pontos base para 3,2% em fevereiro, depois de ter registado o valor mais baixo desde dezembro de 2022 no mês anterior. Apesar deste crescimento, a diminuição acumulada desde o máximo atingido em outubro de 2023 é 108 pontos.
"Para o destino de financiamento Aquisição de Habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos desceu para 3,806% (-14,4 p.b. face a janeiro)", explica ainda o INE. Já nos contrato celebrados nos últimos 3 meses, a taxa de juro para aquisição de uma habitação subiu 2,9 pontos, cifrando-se em 3,191%.
Por sua vez, o valor médio da prestação mensal voltou a aumentar em fevereiro, fixando-se nos 400 euros – um euro acima do valor registado em janeiro, mas menos 3 euros quando comparado em termos homólogos. Deste valor, "221 euros (55%) correspondem a pagamento de juros e 179 euros (45%) a capital amortizado", revela o instituo de estatística. No entanto, e acompanhando a tendência já verificada, nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, o valor médio da prestação subiu 21 euros, fixando-se em 622 euros.
O INE acrescenta ainda que, em fevereiro, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 560 euros face ao mês anterior, fixando-se em 69.512 euros. Para os novos contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi de 141.017 euros, mais 289 euros do que em janeiro.