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Carlos Tavares entra em consórcio que quer Azores Airlines
Ex-CEO da Stellantis e empresário ligado ao Douro, nomeadamente à Quinta da Pacheca, entram na qualidade de sócios minoritários. Governo dos Açores vai analisar a nova proposta do consórcio e também a entrada dos acionistas.

Carlos Tavares tem uma nova companhia aérea debaixo de olho. O consórcio Newtour/MS Aviation propôs a entrada de Carlos Tavares, ex-CEO da Stellantis, e de Paulo Pereira da Silva, um empresário ligado à Quinta da Pacheca e ao setor do turismo, para fortalecer a proposta de privatização da Azores Airlines. A notícia está a ser avançada esta quarta-feira pelo Açoriano Oriental, que indica que a entrada dos empresários pode facilitar a compra.
O consórcio propôs, ao conselho de administração da SATA Holding, a aquisição de 76% da companhia aérea por um total de 15,2 milhões de euros, sendo que a participação de Carlos Tavares e do sócio da Quinta da Pacheca não ultrapassa, no seu conjunto, 49%, permanecendo como sócios minoritários.
A anterior proposta do consórcio Newtour/MS Aviation, que tinha sido chumbada por reservas do júri e falta de músculo financeiro, era de cinco milhões de euros pelos mesmos 76%. Ou seja, o músculo financeiro é reforçado com a entrada dos acionistas Carlos Tavares e Paulo Pereira da Silva.
Segundo o Açoriano Oriental, a proposta deve ser analisada em Conselho de Governo, marcado para quinta-feira, no Pico. Também a entrada dos parceiros será analisada.
O Governo açoriano cancelou o concurso de privatização em maio de 2024, alegando que a avaliação da empresa tinha aumentado para 20 milhões de euros, em vez dos seis milhões no início do processo.
O ex-líder da Stellantis será um dos interessados na privatização da TAP, enquanto acionista e não como executivo. Em entrevista ao Expresso, em dezembro de 2024, Carlos Tavares admitia que não tinha tomado qualquer decisão, mas que a possibilidade de entrar na corrida à privatização foi discutida junto de "um número muito importante de amigos".
No fim do ano passado, o presidente do Governo dos Açores confirmou a renegociação da privatização da Azores Airlines com o único consórcio admitido em concurso, adiantando que a região ia assumir a dívida da companhia, que ascende a 400 milhões de euros.