As entregas de veículos da Stellantis caíram 9% no primeiro trimestre do ano em termos homólogos, isto já depois da quebra de 12% no ano passado. Ao todo, a quarta maior fabricante de automóveis do mundo vendeu 1,2 milhões de carros.

Em causa está uma quebra na produção norte-americana neste período, já que as férias da época festiva se estenderam, havendo mais dias de inatividade. Além disso, as vendas de carrinhas ao mercado europeu registaram uma descida, bem como a transação destes produtos. 

Nos primeiros três meses deste ano, as entregas da empresa diminuíram 20% em território norte-americano. Sem mencionar as tarifas impostas por Donald Trump no comunicado, a Stellantis refere que a produção de novos modelos e de novas versões contribuíram para o aumento das encomendas.

Já as entregas para a Europa derraparam 8%. Em contraciclo, as vendas para a América do Sul saltaram 19%. 

O grupo já tinha dado sinais de que uma quebra nos primeiros meses do ano estaria implícita, aquando da apresentação de resultados do ano passado, divulgados em fevereiro. Em 2024, os lucros da empresa anteriormente liderada por Carlos Tavares caíram 70% para 5,5 milhões de euros.

Numa perspetiva cautelosa, a fabricante assumiu desde logo que não iria haver melhorias antes da segunda metade do ano. A Stellantis tem agendada para a próxima semana a reunião anual de acionistas e para 30 de abril a apresentação de lucros do primeiro trimestre, dirigido pelo "chairman" John Elkann, enquanto a empresa procura um CEO para suceder ao gestor português.