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Euribor a três meses volta a cair para novo mínimo desde janeiro de 2023

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quarta-feira.

Jan Woitas/AP
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11h47

Euribor a três meses volta a cair para novo mínimo desde janeiro de 2023

A Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses em relação a terça-feira e no prazo mais curto para um novo mínimo desde janeiro de 2023.

Com as alterações de hoje, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter descido as taxas diretoras em 25 pontos base em março, a taxa a três meses, que baixou para 2,411%, ficou abaixo da taxa a seis meses (2,421%) e acima da taxa a 12 meses (2,406%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje, ao ser fixada em 2,421%, menos 0,001 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a janeiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,75% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,52% e 25,57%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor recuou para 2,406%, menos 0,010 pontos.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses baixou hoje, ao ser fixada em 2,411%, menos 0,015 pontos e um novo mínimo desde 19 de janeiro de 2023.

A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%.

A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada de novo em 2,500% em março de 2025.

Em termos mensais, a média da Euribor em fevereiro voltou a descer a três e a seis meses.

A Euribor a 12 meses, que tinha subido em janeiro pela primeira vez depois de nove meses a cair, também desceu em fevereiro.

Assim, a média da Euribor a três, seis e a 12 meses em fevereiro desceu 0,177 pontos para 2,525% a três meses, 0,154 pontos para 2,460% a seis meses e 0,118 pontos para 2,407% a 12 meses.

Como antecipado pelos mercados, o BCE decidiu em março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender que a instituição está preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 16 e 17 de abril em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Lusa

10h06

Sem fim do conflito na Ucrânia à vista, Europa negoceia sem rumo

Os fantasmas do estoiro da bolha das ‘dot.com’ em 2000 e da crise financeira de 2008-09 voltaram a assombrar os mercados.

As bolsas europeias arrancaram a sessão desta quarta-feira divididas entre ganhos e perdas, depois de a conversa entre Donald Trump e Vladimir Putin ter falhado em entregar uma direção clara para o fim do conflito na Ucrânia. Os investidores vão estar particularmente atentos ao final da reunião do Comité Federal de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed) norte-americana, que vai dar a conhecer as suas projeções económicas para o resto do ano já a contar com o impacto das tarifas. 

O "benchmark" para a negociação europeia, Stoxx 600, recua 0,21% para 553,14 pontos, ainda muito próximo dos máximos históricos que atingiu em meados de fevereiro. A grande maiora do setores negoceia em território negativo esta manhã, mas o pior desempenho é registado pelo mineiro, que desvaloriza mais de 1%. Já o setor energético é dos poucos que consegue ganhar esta quarta-feira.

As negociações ente o Presidente norte-americano e o seu homólogo russo deixaram um sabor agridoce na bosa dos investidores. Apesar de Putin ter prometido não atacar alvos energéticos ucranianos pelos próximos 30 dias, não se comprometeu, para já, com uma trégua total, embora tenha deixado a porta aberta a essa possibilidade. 

"As empresas só vão começar a aumentar os seus investimentos assim que existirem perspetivas sólidas de uma paz duradoura e estável em cima da mesa", começa por explicar Stephan Kemper, estratega de investimentos do BNP Paribas, à Bloomberg. "Só nesse cenário é que vamos começar a ver uma aumento das expectativas de crescimento [das empresas], conclui.

Entre as principais movimentações de mercado, a Traton afunda 4,49% para 34 euros por ação, depois de a sua casa-mãe, a Volkswagen, ter vendido uma participação de 2,2% da empresa por 360 milhões de euros. Este valor avalia a capitalização bolsista da empresa em 16.262,63 milhões de euros - um valor bastante inferior aos cerca de 17.758 milhões em que a companhia estava avaliada ao fecho de terça-feira.

Entre as principais praças europeias, o alemão DAX recua 0,46%, o espanhol IBEX cai 0,35% e o britânico FTSE100 cede 0,35%. Do lado dos ganhos, o francês CAC-40 valoriza 0,16%, enquanto o holandês AEX salta 0,35% e o italiano FTSEMIB ganha 0,22%. 

09h47

Juros aliviam na Zona Euro após votação histórica na Alemanha

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a alivar esta manhã, numa altura em que o Parlamento alemão (Bundestag) decidiu aprovar uma alteração constitucional que permite mexer no chamado "travão da dívida", abrindo a porta ao financiamento de um fundo de 500 mil milhões de euros para investir em defesa e infraestruturas. 

A antecipação deste desfecho já tinha sido incorporado pelo mercado e levado a grandes movimentações nas obrigações europeias. Esta manhã, os juros das "Bunds" alemãs com maturidade a dez anos, que servem de referência para a região, recuam 2,9 pontos base para 2,780% - o valor mais baixo desde 5 de março. 

Por sua vez, as obrigações francesas com a mesma maturidade aliviam 2,6 pontos para 3,460%. 

Nos países do sul da Europa, as "yields" portuguesas cedem 1,9 pontos para 3,279%, enquanto os juros da dívida espanhola caem 2,1 pontos para 3,413%. Já as obrigações italianas recuam 1,7 pontos para 3,899%.

Fora da Zona Euro, a tendência mantém-se com as "yields" britânicas a cederem 1,3 pontos para 4,632%, em antecipação à reunião do Banco de Inglaterra, que se realiza na quinta-feira. 

09h41

Euro perde força após reunião entre Putin e Trump

O euro está a recuar de máximos de cinco meses face ao dólar, depois de as negociações entre o Presidente norte-americano e o seu homólogo russo terem deixado um sabor agridoce na boca dos investidores.

A divisa comum europeia recua 0,34% para 1,0908 dólares, depois de ter vivido uma sessão bastante positiva na terça-feira. O euro esteve a beneficiar da aprovação histórica do alívio ao "travão da dívida" alemão, que vai permitir desbloquear centenas de milhares de milhões de euros para investir no setor da defesa e em infraestruturas do país – o que os investidores antecipam que tenha ramificações bastante positivas na economia.

Por sua vez, o índice do dólar – que mede a força da moeda face aos seus principais concorrentes – recupera parcialmente das mais recentes quedas ao avançar 0,32% para 103,576 pontos. A divisa norte-americana está a recuperar terreno face ao iene, depois de o Banco do Japão (BoJ) ter mantido as taxas de juro inalteradas em 0,5%.

Apesar do movimento ter sido antecipado pelos mercados, o governador da autoridade monetária nipónica adotou uma postura mais cautelosa no seu discurso pós-decisão, argumentando que será necessário ter em conta o possível impacto das tarifas norte-americanas na economia do país – um sinal que os investidores estão a interpretar como um possível adiamento de uma escalada nas taxas de juro. A esta hora, o dólar 0,26% para 149,66 ienes.

09h19

Ouro alcança mais um recorde. É o décimo quinto só este ano

O ouro voltou a atingir máximos históricos esta quarta-feira, numa altura em que o metal precioso continua a beneficiar da sua posição como ativo-refúgio predileto dos investidores contra um pano de fundo de incerteza económica e tensão geopolítica mundial.

O metal amarelo atingiu o décimo quinto recorde este ano, ao tocar nos  3.045,24 dólares por onça. Entretanto, o ouro reduziu os ganhos e está mesmo a negociar em território negativo, perdendo 0,19% para 3.029,03 dólares, com os investidores a aproveitarem estas movimentações para procederem à tomada de mais-valias.

Com o fantasma da recessão presente nos EUA e com os receios de uma "marcha-atrás" na trajetória descendente da inflação, os investidores aguardam com expectativa as projeções económicas e o "dot plot" da Reserva Federal (Fed) norte-americana, que vão ser conhecidos esta quarta-feira.

"Se a Fed adotar um tom mais ‘dovish’ em relação a toda esta incerteza que se vive nos mercados em torno do impacto das tarifas no crescimento económico, isto pode ser a ‘luz verde’ para o ouro acelerar até aos 3.050 dólares", explica Tim Waterer, analista da KCM Trade, à Reuters.

Na frente geopolítica, o pequeno passo em frente dado pela Rússia nas negociações para pôr fim à guerra na Ucrânia parece estar a ser eclipsado por um aumento de tensões no Médio Oriente. Para além dos ataques dos EUA aos rebeldes houthis do Iémen, Israel intensificou a ofensiva em Gaza e matou mais de 400 pessoas, na sua maioria civis, na madrugada desta terça-feira.

O conflito entre as duas partes tinha sido interrompido com um acordo de cessar-fogo assinado há menos de dois meses, mas Israel promete agora "abrir as portas do Inferno" em Gaza, caso o Hamas não liberte imediatamente os 59 reféns ainda na sua posse.

08h26

Petróleo em queda com reservas norte-americanas a aumentarem

Os preços do petróleo estão a negociar em baixa esta manhã, numa altura em que as reservas norte-americanas de crude estão a aumentar e os investidores continuam apreensivos com a política comercial de Donald Trump e as suas potenciais ramificações para a economia.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para o mercado norte-americano – recua 0,45% para 66,60 dólares por barril, enquanto o Brent, usado na Europa, perde 0,38% para 70,29 dólares. Os dois crudes de referência até tinham iniciado a semana com o pé direito, impulsionados pelas renovadas tensões no Médio Oriente, mas as preocupações com a procura desta matéria-prima parecem estar a pesar novamente sobre o sentimento.

Na terça-feira, a associação comercial American Petroleum Institute (API) revelou que os "stocks" de crude aumentaram em 4,6 milhões de barris na semana passada – um crescimento bem acima do esperado pelos analistas. Os dados devem ser confirmados pelo Departamento norte-americano da Energia esta quarta-feira.

Depois de ter atingido um pico em janeiro, o petróleo tem vindo a perder força ao longo do ano. Sinais de uma economia mundial em abrandamento, o que tem um reflexo direto na procura por crude, têm pressionado os preços, numa altura em que a OPEP e os seus aliados estão a preparar-se para aumentar a produção, introduzindo ainda mais petróleo num mercado já saturado.

"A recuperação dos preços do petróleo perdeu o seu ímpeto nas últimas semanas, mesmo com o aumento das tensões geopolíticas. O crescimento das reservas de crude nos EUA só veio aumentar ainda mais esta pressão", explica Warren Patterson, estratega de matérias-primas do ING Groep. "É provável que os receios macro continuem a ditar o movimento dos preços", conclui.

07h53

"Sell-off" das tecnológicas deixa Ásia incerta. Europa aponta para o vermelho

As bolsas asiáticas encerraram a sessão desta quarta-feira divididas entre ganhos e perdas, com um "sell-off" nas ações tecnológicas iniciado nos EUA a estender-se também para as principais praças da região. Pela Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura no vermelho, com o Euro Stoxx 50 a cair 0,40%.

As praças japonesas centraram as atenções dos investidores, depois de o Banco do Japão (BoJ) ter decidido manter as taxas de juro inalteradas em 0,5% - um movimento que já era antecipado pelos mercados. Kazuo Ueda, Governador do BoJ, deixou alertas sobre o possível impacto das tarifas dos EUA na economia nipónica, argumentando que a inflação se encontra numa trajetória ascendente, mas ainda longe do objetivo de 2% definido pelo banco central.

"O BoJ parece estar a considerar fatores externos, incluindo os riscos das tarifas, no seu processo de decisão. Isto pode diminuir a narrativa mais ‘hawkish’ que tinha vindo a adotar", explica Charu Chanana, analista da Saxo Markets, que acrescenta: "na era Trump, os bancos centrais têm um papel menos dominante".

Neste contexto, a volatilidade dominou a negociação japonesa. O Nikkei 225 oscilou entre ganhos e perdas, mas acabou por encerrar no vermelho, a desvalorizar 0,25%. Já o Topix avançou 0,45%.

Pela China, a sessão foi marcada por correções, após o mais recente "rally" no setor tecnológico. Tanto o Hang Seng, de Hong Kong, como o Shanghai Composite terminaram a negciação com perdas limitadas, ao caírem 0,01% e 0,09%, respetivamente. De acordo com analistas do Bank of América, as ações chinesas podem vir a enfrentar uma "correção significativa em breve", dada as similaridades deste "rally" com o ciclo de expansão e recessão de 2015.

Entre os restantes principais índices asiáticos, o sul-coreano Kospi valorizou 0,62%, o indiano Nifty avançou 0,35%, enquanto o australiano S&P/ASX 200 caiu 0,41%.  

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