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Taxa de juro dos novos contratos de crédito da casa desce pelo terceiro mês consecutivo

A prestação média fixou-se em 404 euros em janeiro de 2024, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.

João Cortesão
19 de Fevereiro de 2024 às 11:21
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A taxa de juro implícita nos novos contratos de crédito à habitação desceu pelo terceiro mês consecutivo, passando de 4,342% em dezembro para 4,315% em janeiro, depois de, no penúltimo mês do ano, ter registado a primeira descida em 20 meses, ou desde março de 2022, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Já a taxa de juro implícita da totalidade dos contratos de empréstimos da casa voltou a subir, tendo registado um aumento de 6,4 pontos base, face a dezembro, para 4,657%. "Note-se que, pelo oitavo mês consecutivo, os aumentos da taxa de juro implícita têm vindo a ser progressivamente menos intensos", salienta o INE. 

Considerando apenas os empréstimos contratados tendo em vista o financiamento para a compra de casa - o mais relevante no conjunto do crédito à habitação - a taxa de juro implícita para o total dos contratos somou 5,9 pontos base para 4,623%.

Já no caso dos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro registou a terceira redução consecutiva, diminuindo 2,9 pontos base, face ao mês anterior, fixando-se em 4,297%.



Peso dos juros na prestação duplicou

A prestação média fixou-se em 404 euros em janeiro de 2024, mantendo-se em máximos desde o início da série (janeiro de 2009). Do valor da prestação, 248 euros (61%) correspondem a pagamento de juros e 156 euros (39%) a capital amortizado. O valor é o dobro do contabilizado há exatamente um ano, quando a a componente de juros representava apenas 36% do valor médio da prestação (315 euros).

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação desceu 12 euros face a dezembro, para 639 euros. Ainda que este movimento seja uma descida em cadeia (ou seja, face ao mês anterior), em termos homólogos significa um crescimento de cerca de 20%.

O capital médio em dívida para a totalidade dos créditos à habitação aumentou 193 euros, para 64.790 euros. Já para os contratos celebrados nos últimos 3 meses, o montante médio em dívida foi 125.210 euros, menos 718 euros que em dezembro.

(Notícia atualizada às 11h35)

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