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Juros da totalidade dos créditos à habitação caem pela primeira vez desde 2022
O juro implícito do conjunto de todos os contratos diminuiu 1,6 pontos base para 4,641%. Já numa ótica do montante pago mensalmente, o valor médio da prestação mensal registou a primeira redução desde fevereiro de 2021.
Há quatro meses consecutivos que a taxa de juro implícita dos contratos referentes ao crédito à habitação está em queda. No entanto, em fevereiro foi a primeira vez, desde março de 2022, que o juro implícito do conjunto do todos os contratos diminuiu, em concreto 1,6 pontos base para 4,641%, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em janeiro, quando o gabinete estatístico tinha dado conta de mais uma subida da taxa de juro implícita do total dos empréstimos à habitação, já tinha salvaguardado que estes aumentos vinham "a ser progressivamente menos intensos". Este abrandamento na subida transformou-se numa inversão da tendência em fevereiro.
Já nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro diminuiu pelo quarto mês consecutivo, fixando-se em 4,197%, uma queda de 11,8 pontos base em comparação com janeiro.
Considerando apenas os empréstimos contratados tendo em vista o financiamento para a compra de casa - o mais relevante no conjunto do crédito à habitação - a taxa de juro implícita para o total dos contratos desceu 1,7 pontos base para 4,606%.
Já no caso dos contratos celebrados nos últimos três meses, registou a quarta redução consecutiva, diminuindo 11,5 pontos base face ao mês anterior, fixando-se em 4,182%.
Prestação média mensal da totalidade do crédito desce pela primeira vez desde 2021
Já numa ótica do montante pago mensalmente pelos devedores, o valor médio da prestação mensal registou a primeira redução desde fevereiro de 2021, fixando-se em 403 euros, menos um euro que no mês anterior, mas mais 81 euros que em fevereiro de 2023 .
Do valor da prestação, 248 euros (62%) correspondem a pagamento de juros e 155 euros (38%) a capital amortizado.
Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação desceu 11 euros face ao mês anterior, para 628 euros.
O capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 368 euros face ao mês anterior, fixando-se em 65 158 euros. Para os contratos celebrados nos últimos 3 meses, o montante médio em dívida foi 124.216 euros, menos 994 euros que em janeiro.
(Notícia atualizada às 11:26 horas).