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Avaliação bancária das casas acelera e toca em novo recorde nos 1.185 euros/m2
A avaliação bancária realizada no âmbito da concessão de crédito à habitação aumentou 11 euros em março, face ao mês anterior.
O valor a que os bancos avaliam as casas no âmbito dos contratos de crédito à habitação continua a fixar novos máximos. A avaliação bancária subiu 11 euros, face a fevereiro, atingindo os 1.185 euros por metro quadrado (m2), em março, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em termos homólogos, a avaliação realizada pelos bancos registou um aumento de 6,8%, o que representa o maior crescimento percentual desde agosto do ano passado. Ao contrário de fevereiro, mês em que o número de avaliações foi inferior, em março foram contabilizadas cerca de 25 mil avaliações, mais 2,7% que no mesmo mês do ano anterior, o mês que marcou o início do primeiro confinamento devido à covid-19.
Por regiões, refere o INE, o maior aumento deu-se na Região Autónoma dos Açores (3,5%) e a menos intensa no Algarve (0,3%). De acordo com o Índice do valor mediano de avaliação bancária , em março de 2021, a Área Metropolitana de Lisboa, o Algarve e a Região Autónoma da Madeira apresentaram valores de avaliação superiores à mediana do país (32%, 29% e 2% respetivamente).
O valor de avaliação dos apartamentos atingiu os 1.300 euros/m2, aumentando 7,5% relativamente ao mês homólogo. O valor mais elevado foi observado na Área Metropolitana de Lisboa (1.569 euros/m2) e o mais baixo no Alentejo (864 euros/m2). Já o Norte apresentou o crescimento mais expressivo (8,7%) e o menor observou-se no Alentejo (0,6%).
Nas moradias, as avaliações também registaram uma evolução positiva. O valor mediano da avaliação bancária das moradias foi de 991 euros/m2 em março, o que representa um acréscimo de 7,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
O valor das avaliações das casas no âmbito do crédito à habitação mantém, assim, a tendência de crescimento, confirmando a forte dinâmica registada pelo crédito para a compra de casa.
De acordo com o mais recente inquérito realizado junto dos bancos, nos próximos meses antecipa-se que os critérios de concessão de crédito vão continuar a tornar-se mais restritivos, tanto no crédito a empresas como no financiamento a particulares. Já a procura deverá registar um "ligeiro aumento" nos particulares.