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Libra em queda aproxima-se do mínimo dos últimos 30 anos

A primeira-ministra britânica revelou que o artigo que permite a saída do Reino Unido da União Europeia será accionado até Março. O mercado está pressionar a libra para níveis semelhantes aos observados após o referendo.

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A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou este domingo que o Reino Unido vai accionar o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que permite encetar as negociações para a saída de um país da União Europeia, até Março de 2017. As palavras da primeira-ministra britânica estão a fazer crescer os receios dos investidores que o Reino Unido vá escolher um "hard Brexit".

Por esta altura, a libra recua 0,61% para 1,1473 euros. Mas durante a sessão desta segunda-feira a moeda britânica já recuou 0,95% para 1,1433 euros, o que representa o valor mais baixo desde Julho 2013.


Face à moeda norte-americana, a divisa do Reino Unido cai 0,64% para 1,2889 dólares, sendo que na actual sessão já recuou 0,97% para 1,2846 dólares, o valor mais baixo desde 6 de Julho de 2016 – poucos dias após o referendo britânico. Antes de Julho, a libra só tinha negociado num valor tão baixo em 1985.

"Ontem a impressão dos participantes era que o pêndulo estava a cair na direcção do ‘hard Brexit", disse à Bloomberg Neil Jones, do Mizuho Bank. "’Hard Brexit’ determina a venda da libra. Sei que a linha do Governo é que não há necessidade de diferenciar entre um Brexit duro e um Brexit suave, mas o mercado certamente tem essa necessidade", acrescentou.

Além disso, a moeda britânica completou, em Setembro, o quinto trimestre consecutivo de quedas face ao dólar – a maior série de desvalorizações desde 1984 – reflectindo os receios em torno do Brexit. 

 

De acordo com o jornal britânico The Telegraph, Theresa May adiantou ainda este domingo no Congresso do Partido Conservador que o Reino Unido depois de sair do bloco europeu vai ser "um país soberano e totalmente independente" já sem estar sob "a jurisdição do Tribunal Europeu de Justiça". O que sugere, segundo a mesma fonte, que o Reino Unido está a preparar-se para deixar o mercado único.

Durante a sua intervenção, a chefe de Governo britânica assinalou que países como Canadá, China, Índia, México, Singapura e Coreia do Sul já fizeram saber a Londres que estão disponíveis para "negociações sobre acordos comerciais futuros". E já concordamos em começar discussões no âmbito de acordos comerciais com a Austrália e Nova Zelândia.  


"Um Reino Unido verdadeiramente global é possível e está à vista. E não devia ser uma surpresa. Somos a quinta maior economia do mundo", afirmou Theresa May, citada pelo The Telegraph.

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