Depois de Perry Stimpson ter vencido um processo contra o Citigroup por despedimento sem justa causa, no âmbito do escândalo de manipulação do mercado cambial, há mais um ex-funcionário que está a levar a melhor em tribunal contra a sua antiga entidade patronal. Em ambos os casos, os juízes consideraram que os corretores foram despedidos injustamente.

Despedido pelo Royal Bank of Scotland por alegadamente ser um participante frequente de salas de conversação online, Ian Drysdale (na foto) venceu a primeira batalha frente ao seu antigo empregador. Uma sentença preliminar considerou injusto o despedimento do "trader" por alegadamente partilhar informação e quebrar o contrato com o banco.

Este não é um caso inédito. Aconteceu algo semelhante com o ex-corretor do Citigroup – que também foi despedido por discutir questões confidenciais nestas salas de conversação com membros de outras instituições –, com o tribunal a dar razão a Stimpson no seu processo contra o banco.

Esta troca de informações decorria numa sala de conversação denominada "o cartel", que era utilizada por "traders" seniores de bancos como o JPMorgan, Barclays e UBS, em que os profissionais trocavam informação confidencial e tentavam coordenar movimentos de índices cambiais.

Ainda que estas práticas tenham sido confirmadas, estes dois processos deixam em aberto outros veredictos semelhantes e dão um sinal positivo aos ex-funcionários do Citigroup Carly McWilliams, David Madaras e Robert Hoodless, que também processaram o banco.