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Cambial: Renmimbi já derrubou o iene. Irá bater os gigantes?

A moeda chinesa é cada vez mais uma divisa global. Estão a aumentar de forma expressiva as transacções, de tal forma que o renmimbi já bateu a moeda do Japão.

Bloomberg
07 de Outubro de 2015 às 08:30
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O renminbi, ou yuan, como muitas vezes é identificado, está afirmar-se cada vez mais como uma moeda mundial. A divisa chinesa, que recentemente foi o centro das atenções dos investidores internacionais devido à desvalorização imposto, tem vindo a ganhar peso nas transacções, superando mesmo o iene para ocupar o quarto lugar de um "ranking" que continua a ser dominado pelo dólar.

A desvalorização imposta pelo executivo chinês em Agosto, que veio incendiar o sentimento dos investidores, receando que esta quebra forçada seja um assumir de que um dos principais motores da economia mundial estava a ficar sem combustível. A divisa passou a valer menos em comparação com outras moedas mundiais, mas não tem perdido importância. Pelo contrário. No mês da descida de valor, subiu na importância


De acordo com dados da Swift, a divisa chinesa superou a "rival" japonesa, passando a representar 2,79% dos pagamentos a nível global no mês de Agosto. Representava 2,34% em Julho, sendo que há apenas três anos, em Agosto de 2012, estava no 12º lugar do "ranking" global. "Os nossos indicadores confirmam que o renmimbi está no caminho para se tornar uma moeda internacional", diz a empresa de serviços de pagamento, citada pelo Financial Times.


Em Agosto, ao suplantar o iene, o renmimbi "colou-se" ao "top" três das divisas mundiais. O dólar, o euro e a libra esterlina são as principais moedas utilizadas a nível internacional, com a moeda dos EUA a representar 44,82% de todas as transacções internacionais. O euro representa 27,2% e a libra 8,45%, segundo os dados da Swift relativos a Agosto. A seguir ao iene vem o dólar do Canadá, o da Austrália e, depois, o franco da Suíça.


Na Liga dos Campeões?


Este maior peso do yuan surge num contexto de preocupação global com o estado da economia chinesa, mas acontece também num período em que a divisa aguarda pacientemente a conquista do estatuto de moeda de reserva por parte do Fundo Monetário Internacional (FMI). Falhou o acesso este ano, mas cresce a expectativa de que possa ascender à "Liga dos Campeões" em 2016.

Reconhecendo o trabalho que tem vindo a ser feito pelas autoridades chinesas, o FMI salientou que há ainda "muitos segmentos que exigem trabalho adicional" para que o renmimbi possa passar a fazer parte do cabaz conhecido como Direito de Saque Especial (SDR, na sigla anglo-saxónica). A decisão de passar a integrar esta moeda da instituição liderada por Christine Lagarde, que irá influenciar a cotação dos empréstimos e dos juros do FMI, ficou adiada para Setembro de 2016.

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