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Bitcoin regressa aos disparos. Já vale mais de 5.000 dólares

A expectativa de normalização do negócio na China e possibilidade de entrada do Goldman Sachs na transacção de moedas digitais estarão a suportar as subidas das últimas horas.

12 de Outubro de 2017 às 13:25
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O que a China faz descer, a China faz subir. É de novo a segunda maior economia do mundo - e as expectativas quanto à regulação que estará a ser preparada para o negócio das criptomoedas - que está a afectar a variação do preço da Bitcoin.

Depois de no mês passado ter caído para valores inferiores a 4.000 dólares, a moeda electrónica tem recuperado valor no mercado e esta quinta-feira, 12 de Outubro, já cruzou os 5.000 dólares pela primeira vez.

Cada Bitcoin já esteve a valer 5.176,50 dólares, uma subida de 8% em relação ao valor de fecho de ontem, segundo dados da Coindesk. Em menos de um ano, a moeda virtual já passou de valer 1.000 dólares (o valor em Dezembro passado) para os mais de 5.000 que hoje apresenta.

Na base deste comportamento recente, segundo a Bloomberg, estará a especulação de que as autoridades chinesas possam afinal atenuar o prometido controlo da transacção destes activos, tal como a possível entrada do Goldman Sachs no negócio, depois de se saber que o banco está a estudar formas para ajudar os seus clientes a transaccionar com criptomoedas.

As autoridades chinesas poderão vir nos próximos meses a licenciar plataformas de troca de criptomoedas desde que estas cumpram com requisitos de combate ao branqueamento de capitais e sejam abrangidas por um registo de transacções. 

Nos últimos dias surgiram ainda notícias de que o banco Goldman Sachs estará a ponderar iniciar uma nova operação de "trading" dedicada a bitcoins e a outras moedas digitais. Mas o processo está numa fase inicial e não é líquido que se concretize.

No início de Setembro, o banco central da China considerou ilegais as ofertas públicas iniciais de moedas, um género de crowdfunding que usa criptomoedas, utilizado por start-ups que assim se financiam sem terem de se submeter às exigências do sector bancário.

O banco central chinês pediu que as entidades que levantaram verbas a partir destes procedimentos devolvam o valor aos investidores e prometeu dureza em caso de detectar novas infracções.

Já a Rússia admitiu para breve a regulação do uso das bitcoin, enquanto a autoridade financeira britânica alertou que participar neste género de operações tem um "alto risco", é "especulativo" e pode resultar em perda total do investimento.

Também as afirmações do presidente do JPMorgan, Jamie Dimon, que apelidou a criptomoeda de "fraude", contribuíram para as depreciações verificadas ao longo de Setembro.
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