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UBS sobe preço-alvo do BCP para 0,09 euros
O UBS actualizou a avaliação do BCP, para reflectir a queda dos juros da dívida soberana portuguesa. O novo preço-alvo de 0,09 euros não tem potencial de valorização. A recomendação foi mantida em "neutral".
O UBS subiu a avaliação do BCP de 0,07 euros para 0,09 euros por acção, mantendo a recomendação em "neutral". O novo preço-alvo corresponde ao valor de fecho das acções esta sexta-feira, 0,0911 euros, sem potencial de valorização.
"O novo preço-alvo incorpora o impacto da descida das taxas de juro da dívida soberana portuguesa", escreve o UBS na nota de "research" publicada esta sexta-feira, 15 de Maio. A descida dos juros "tem um impacto no valor do banco devido ao portfólio de cerca de 7 mil milhões de euros" do BCP em dívida soberana, escreve o analista Ignacio Sanz, na nota para investidores.
O analista realça positivamente o regresso do banco aos lucros, devido à diminuição dos custos em cerca de 8% face ao período homólogo e dos custos de financiamento. Contudo, na opinião do UBS, o BCP tem ainda que melhorar a qualidade do crédito, este ano. "Na nossa opinião, o BCP tem que continuar a reforçar os níveis de provisões este ano, uma vez que o crédito em risco, incluindo os empréstimos reestruturados manteve-se nos 18,8%", escreve Sanz.
O UBS destaca ainda que o panorama competitivo irá mudar no segundo semestre devido à futura venda do Novo Banco, à venda da participação estatal do Banif e ainda a possível fusão entre o BCP e o BPI, caso a oferta pública de aquisição do CaixaBank ao BPI não seja bem-sucedida. Apesar destas alterações, a recomendação foi mantida em "neutral".
As acções do BCP recuaram esta sexta-feira 0,87% para 0,0911 euros.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.