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Morgan Stanley recomenda vender Tesla após ações duplicarem em três meses
A revisão em baixa do Morgan Stanley chega numa altura em que a forte subida das ações deixou o preço-alvo médio dos analistas muito abaixo da cotação atual.
Pela primeira vez em mais de sete anos, o Morgan Stanley recomenda vender ações da Tesla.
O otimismo em relação ao crescimento do principal negócio da fabricante de carros elétricos na China já está refletido no preço das ações, segundo o relatório da equipa de analistas liderada por Adam Jonas. O Morgan Stanley também reduziu a avaliação da unidade de mobilidade da empresa, citando um ambiente jurídico e regulatório adverso para a implantação de uma rede de robotáxis.
O preço das ações da Tesla mais do que duplicou desde o início de outubro, impulsionado por um surpreendente lucro no terceiro trimestre, entregas fortes e a rápida construção de uma fábrica na China. A revisão em baixa do Morgan Stanley chega numa altura em que a forte subida das ações deixou o preço-alvo médio dos analistas muito abaixo da cotação atual.
"O momentum e confiança de curto prazo sobre as ações são, de facto, muito fortes, mas agora questionamos a sustentabilidade" desta tendência, disse o Morgan Stanley. Embora os analistas tenham elevado o preço-alvo de 250 dólares para 360 dólares, o valor ainda implica uma queda de 30% em relação ao preço de fecho de quarta-feira.
O Morgan Stanley tinha uma recomendação de "underweight" para a Tesla em setembro de 2012, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. As ações subiram cerca de 1.600% desde então.
O banco está longe de ser o único pessimista em relação à Tesla - há outros 15 com recomendação de vender para a ação entre os pesquisados pela Bloomberg, com 10 recomendações de compra e 10 de manter. A empresa ultrapassou a Apple como a ação com mais posições vendedoras ("short") nos EUA na quarta-feira.
Embora a Tesla mereça estar entre as empresas automóveis mais valiosas do mundo, etndo em conta a sua liderança nos veículos elétricos, "os investidores terão oportunidades mais atrativas para comprar as ações no futuro", acrescentou o Morgan Stanley.