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Haitong corta avaliação da Sonaecom e recomenda exposição à Nos
O banco de investimento avalia a Sonaecom 18% abaixo da actual cotação. E considera que os investidores têm mais a ganhar com “uma exposição directa à Nos”.
"Nos últimos meses, o desempenho do preço da acção da Sonaecom divergiu notavelmente do da Nos, que é a principal componente da sua avaliação. Como consequência, o desconto do valor dos activos líquidos desceu para níveis historicamente baixos, ligeiramente acima de 10%" e "nem reflecte a nossa perspectiva para o desconto típico associado à baixa liquidez da Sonaecom", realça o analista Nuno Matias numa nota emitida esta quarta-feira, 5 de Abril.
Desde o início do ano, a Sonaecom acumula uma subida superior a 5%, enquanto a Nos está a registar uma queda de 9,5%. A Sonaecom controla 50% da Zopt, que por sua vez é titular de 52,15% do capital da operadora de telecomunicações Nos.
"Actualizámos as nossas estimativas e avaliação depois dos resultados de 2016", o que levou "a um corte do nosso preço-alvo de 2,50 para 2,20 euros", salienta o mesmo analista. Esta nova avaliação confere às acções um potencial de queda de quase 18%, face à actual cotação (2,679 euros), o que justifica que a recomendação da casa de investimento seja de "vender".
"Acreditamos que os investidores estão melhor com uma exposição directa à Nos", que tem um preço-alvo de 7,60 euros e uma recomendação de "comprar", "uma vez que não há expectativa de que a Sonaecom ou o seu principal accionista, a Sonae, façam uma oferta pelo restante ‘free float’ da Sonaecom". O capital disperso em bolsa da Sonaecom é inferior a 10%, pelo que a liquidez é reduzida, transaccionando em média por dia 33.852 acções nos últimos seis meses.
A actual avaliação da Nos (7,60 euros) confere às acções da empresa liderada por Miguel Almeida um potencial de subida de quase 50% face à actual cotação das acções (5,104 euros).
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.