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BPI corta preço-alvo da Nos em 14% e reduz recomendação

A revisão em alta dos gastos de capital e a redução das estimativas de receitas e de EBITDA leva o banco de investimento a reduzir o preço-alvo para os títulos da operadora e a recomendação, de "neutral" para "reduce".

Miguel Baltazar/Negócios
06 de Abril de 2017 às 09:44
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Os analistas do BPI cortaram o preço-alvo para as acções da Nos de 5,8 euros para 5 euros (uma redução de 14%) e reduziram a recomendação em relação ao título, de "neutral" para "reduzir", citando revisões em alta das previsões de investimentos da companhia e um mercado mais dependente de preços do que de volume.


O novo preço-alvo - uma nota assinada pelo analista Pedro Oliveira, e a que o Negócios teve acesso – concede uma desvalorização potencial de cerca de 2,34% às acções da empresa liderada por Miguel Almeida (na foto), tendo em conta o actual preço dos títulos – 5,12 euros, numa altura em que caem 0,95% na bolsa de Lisboa.


A nota de research do BPI refere que os comentários feitos na "conference call" de resultados da empresa levaram o banco a rever em alta "uma vez mais" as previsões de capex, em 8,3% para o período entre 2017 e 2020. Por outro lado, são reduzidas as estimativas de receita (em 0,6%) e EBITDA (em 3,1%) para o mesmo intervalo de tempo.


O banco de investimento refere que se mantém "cauteloso" em relação à capacidade da empresa reduzir os gastos em áreas não ligadas aos clientes "devido aos esperados investimentos na tecnologia 5G". "Esperamos um leilão 5G em 2019 e que os investimentos comecem em 2020," acrescentam.

"À medida que o mercado entra pela primeira vez em mais de uma década em território positivo, a Nos vai entrar num novo ciclo de crescimento em que estará mais dependente dos preços e menos do volume," concretiza a nota. O BPI espera que a empresa possa conquistar mais quota de mercado, mas a um ritmo mais lento.


Esta quarta-feira, o Haitong cortou a sua avaliação para a Sonaecom (de 2,50 para 2,20 euros, conferindo-lhes então um potencial de queda de quase 18%), recomendando em alternativa a exposição à Nos. "Acreditamos que os investidores estão melhor com uma exposição directa à Nos (…) uma vez que não há expectativa de que a Sonaecom ou o seu principal accionista, a Sonae, façam uma oferta pelo restante ‘free float’ da Sonaecom," referia a nota de "research" conhecida ontem.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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