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Finantia mantém recomendação de compra da EDP
Os analistas do Banco Finantia, estimam um «price-target», a doze meses, de 20 euros (4.010 escudos) para a EDP e mantém a sua recomendação de compra.
Nos primeiros seis meses a EDP apresentou um lucro de 249,27 milhões de euros (49,97 milhões de contos). Uma evolução negativa de 19,9% influenciada pela redução das tarifas, em 6,4% definida pela Entidade Reguladora do Sector Eléctrico (ERSE), pelos maus resultados das suas participadas no Brasil, e devido ao baixo nível de hidraulicidade e ao consequente aumento do consumo de outras formas de energia. No entanto, os analistas avisam que o impacto do aumento dos custos de combustível, apenas será visível no segundo semestre.
Os mesmos especialistas salientam ainda que alguns aspectos, como o ajustamento das tarifas à desvalorização do real não voltarão a acontecer no segundo semestre. Mesmo assim, no final do ano, o Brasil deverá ter um contributo negativo nas contas da EDP. Contudo, apesar destes resultados «a EDP continuará a sua expansão no Brasil em futuras privatizações ou na área da cogeração» refere o Finantia.
No «research» é evidenciada ainda a capacidade da EDP para criar uma empresa especialmente dedicada ao negócio das águas, depois de falhada a aquisição do IPE – Águas de Portugal.
Apostando na diversificação, no início do ano 2000, a EDP irá iniciar as suas actividades na área das telecomunicações fixas, com ou sem parceiro. Para este negócio os analistas do Finantia estimam que a «eléctrica» realizará um investimento de 433,3 milhões de euros (86,87 milhões de contos) nos próximos oito anos.
Às 10h20, com cerca de 34 mil títulos transaccionados, a EDP estava cotada nos 15,18 euros (3.043 escudos), traduzindo uma desvalorização de 0,2%.