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Duas cotadas portuguesas entre as "top picks" para 2017

A Nos e a Sonae foram duas das cotadas recomendadas pelos investidores numa conferência em Londres acompanhada pela CNBC.

Paulo Azevedo, presidente e co-CEO da Sonae, é o 35.º Mais Poderoso de 2016.
A empresa liderada por Paulo Azevedo é destacada por Ivan Martin Aranguez
Negócios 09 de Dezembro de 2016 às 21:49
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O final do ano é uma das alturas favoritas dos especialistas nos mercados financeiros para nomearem as suas acções favoritas. Foi o que fizeram vários responsáveis de topo de gestoras de activos numa conferência que decorreu em Londres na tarde de quinta-feira.

 

A CNBC esteve presente na "2016 Sohn London Investment Conference" e destacou as "top picks" que os gestores de activos apresentaram à audiência de mais de 500 investidores.

 

Dada a reduzida dimensão e fraca visibilidade nos mercados financeiros internacionais, raramente as cotadas portuguesas são destacadas neste tipo de eventos, mas nesta conferência foram duas as que estiveram em destaque.

 

Ivan Martin Aranguez, co-fundador e CIO da Magallanes Value Investors elegeu a Sonae como acção preferida, destacando que a cotada liderada por Paulo Azevedo "é mal entendida pelo mercado" e que a queda de 50% nas acções desde o máximo registado em Março de 2015 é "injustificada".

 

Este gestor de activos da firma espanhola recomendou a compra das acções da Sonae SGPS, citando a sua "posição de liderança num mercado altamente concentrado".

 

Mans Larsson, fundador e CIO da Makuria Investment Management, foi o outro gestor presente que elegeu outra cotada portuguesa como preferida para 2017. O responsável desta gestora de activos britânica escolheu a Nos como umas top picks, devido à dinâmica da empresa, crescimento das receitas, baixa alavancagem e descida do investimento operacional (capex). Para Mans Larsson, a empresa liderada por Miguel Almeida é um "investimento de elevada qualidade a um baixo preço".

 

O mesmo gestor destaca também a Grand City Properties, devido aos "fundamentais atractivos do mercado imobiliário alemão" e à elevada visibilidade dos crescentes cash flows desta companhia.

 

Além das duas cotadas portuguesas e desta alemã, os gestores presentes nesta conferência destacada pela CNBC elegeram outras "top picks", de sectores de actividade e geografias bem diversas. Conheça as outras "top picks" e também sugestões de "short selling":

 

Masroor Siddiqui, co-fundador da Naya Capital, recomendou uma posição curta (venda a descoberto) na Aryzta, argumentando que não se justifica a actual avaliação da empresa suíça que é líder europeia no fabrico de pastelaria congelada.

 

Elif Aktug, ex-Goldman Sachs que agora trabalha na Pictet, aposta na Finmeccanica, assinalando que a companhia italiana tem uma reduzida exposição ao mercado doméstico e opera num sector que deverá crescer 50% nos próximos anos.

 

Marc Chatin, partner da Parus Finance, recomenda posições curtas em qualquer um dos quatro maiores bancos australianos, uma vez que todos eles sofrem do mesmo mal: forte exposição a créditos hipotecários num mercado imobiliário que está sobreaquecido.

 

Michel Massoud, fundador e CIO da Melqart Asset Management, aposta na Opera, uma vez que a fabricante de software da Noruega deverá beneficiar com a consolidação no sector e vai reduzir a sua dívida para zero antes de remunerar os accionistas.

 

Anne-Sophie d'Andlau, da CIAM, recomenda a Walt Disney, e Bo Bortemark da Carve Capital sugere o investimento na espanhola Ferrovial.

 

Por fim, Adrian Croxson, director de acções europeias da Och-Ziff, aposta na "disruptiva" Ryanair, enquanto Chris Hohn, fundador do TCI Fund Management, recomenda a Charter Communications, uma vez que a operadora de cabo norte-amricana ainda não atingiu o seu potencial.

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