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CaixaBI prevê aumento de 9% nos lucros da Mota-Engil

Os lucros do grupo liderado por Gonçalo Moura Martins aumentaram para oito milhões de euros, com as receitas a aumentarem dois dígitos na Europa e na América Latina.

O Haitong avalia as acções da Mota-Engil em 2,00 euros, o que implica um potencial de valorização 40%. A recomendação é de neutral.

O banco de investimento assinala que a Mota-Engil expandiu a sua actividade para África e América Latina, que são agora os seus mercados mais importantes. No final do primeiro semestre a construtora tinha uma carteira de encomendas de 4,6 mil milhões de euros, com a o mercado europeu a ter um peso de apenas 20%. O Haitong estima que a dívida líquida de 1,5 mil milhões de euros desça nos próximos tempos devido à venda da Ascendi. “Contudo, a companhia ainda não conseguiu atingir um crescimento orgânico no seu ‘cash flow’ de forma a mostrar que pode reduzir a alavancagem de uma forma sustentada”, refere o Haitong, assinalando que apesar do potencial de valorização, a recomendação é neutral devido à “necessidade de uma maior clareza sobre as encomendas em África”.
Bruno Simão
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Os lucros da Mota-Engil deverão ter aumentado 9% no primeiro trimestre para oito milhões de euros face a período homólogo. Segundo a estimativa do CaixaBI, a subida do resultado líquido deve-se à melhoria dos lucros operacionais.

 

As vendas no total aumentaram 24% para os 606 milhões de euros face a igual período do ano passado, com destaque para o aumento de 37% na Europa e de 68% na América Latina. Em sentido contrário, seguem as vendas em África, com um recuo de 6%, após a conclusão do projecto de Nacala em Moçambique no ano passado.

 

O EBITDA deverá ter crescido 16% para 88 milhões de euros, devido principalmente ao aumento das margens na Europa e na América Latina.

 

Por outro lado, a dívida líquida aumentou 50 milhões de euros durante o trimestre para um valor superior a 1,2 mil milhões.

 

O CaixaBI aponta que, após a conclusão do projecto de Nacala em Moçambique, o grupo ainda não anunciou nenhuma nova encomenda à altura em África. "Como resultado, as nossas estimativas de vendas podem ser muito optimistas", aponta a casa de investimento, sublinhando que os resultados do primeiro trimestre "podem ajudar a clarificar a tendência do desempenho operacional" do grupo Mota-Engil para este ano.

 

A casa de investimento manteve inalterada tanto a recomendação, em "comprar", como o preço-alvo, nos 4,60 euros. O grupo liderado por Gonçalo Moura Martins está assim com um potencial de valorização de 58,51% face à cotação actual de 2,902 euros.

 

A Mota-Engil perdeu hoje 3,36% para 2,902 euros durante a sessão na bolsa de Lisboa. Os resultados trimestrais vão ser divulgados na terça-feira, 19 de Maio, após o fecho de mercado.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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